Para o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o Brasil tem “a maior chance da sua história de poder acabar de vez com essa coisa chamada impunidade a aqueles que tentam golpear a democracia”. A opinião de Coutinho foi dada na tarde desta segunda-feira (7) no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão.
O ex-governador, que é filiado ao PT, se referiu à chance de barrar a PEC da Anistia e evitar que os envolvidos no plano de tentativa de golpe de Estado saiam impunes, como já aconteceu várias vezes na história do país.
Neste domingo (6), a Avenida Paulista foi palco de uma manifestação organizada em prol da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common, cerca de 44,9 mil pessoas estiveram no ato.
“Não tem como não punir Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno. Esses dois vêm da época de Silvio Frota [general do Exército que foi ministro no governo de Ernesto Geisel], vem de uma época em que se torturava, se matava os inimigos do regime. Ou seja, não há crime mais grave do que você derrubar a ordem democrática para poder subverter essa ordem e ao mesmo tempo impedir que a escolha da maioria da população possa ser colocada em prática”, disse Ricardo Coutinho.
O ex-governador avalia que a recente pesquisa de intenção de voto para presidente feita pelo Instituto Datafolha mostra que, “apesar do boicote contra o governo, ninguém derrota Lula”, e essa seria, segundo Ricardo, uma das razões pelas quais o ‘bolsonarismo’ está “desesperado tentando sobreviver”.
Quem também comentou no Olho Vivo sobre o ato em favor da anistia aos golpistas foi o vereador Marcos Henriques, do PT de João Pessoa. Ele destaca que a diferença entre esquerda e direita no Brasil atualmente é muito clara pelas suas respectivas pautas: a esquerda voltada para os interesses sociais coletivos e a direita visa apenas a anistia para que Bolsonaro possa voltar a ser candidato a presidente.
“Bolsonaro está com medo de ser preso, a grande verdade é essa. Então, eles não estão em nenhum momento pensando naquelas pessoas que estão encarceradas, eles estão pensando em Bolsonaro”, salientou o parlamentar.
“Em nenhum momento eles conseguem mais juntar gente, porque as pessoas estão vendo a diferença que é um governo que governa para todos e um governo que governo para meia dúzia de pessoas, como era o governo Bolsonaro”, acrescentou.
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