O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que anunciou nesta quinta (18) que ficará nos Estados Unidos e vai se licenciar de seu mandato, contou como foi sua conversa com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, após a decisão. Em entrevista ao canal da Revista Timeline, dos bolsonaristas Luís Ernesto Lacombe, Max Cardoso e Allan dos Santos, ele chorou ao relatar o diálogo e precisou ser cortado da transmissão.
“Meu pai claro que queria o filho dele perto dele”, disse Eduardo, para logo depois cair aos prantos e tirar seu rosto da câmera. Após um silêncio constrangedor, Lacombe, que conduzia a entrevista, justificou a choradeira: “A gente entende a situação, é uma situação muito delicada”.
Depois de se recompor, Eduardo prosseguiu, culpando o ministro do STF Alexandre de Moraes por sua fuga: “Muita gente disse: ‘Pode vir, ele [Moraes] não vai pegar seu passaporte’. A gente não pode esperar decência ou moralidade desse tipo de pessoa. Como falei, ele é um psicopata. E se resolver me prender igual fez com Daniel Silveira? Tem muita coisa que pesa quando a gente toma essa decisão”.
Veja:
TRISTE! Eduardo Bolsonaro vai às lágrimas quando questionado se conversou com o seu pai sobre a decisão de ficar nos EUA. pic.twitter.com/DoUVQctmlF
— Vinicius Carrion (@viniciuscfp82) March 18, 2025
Ao anunciar a decisão de permanecer nos Estados Unidos, Eduardo alegou que o Brasil vive um “regime de exceção” e que buscará “sanções aos violadores de direitos humanos” no país.
“Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos. Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele, para seguir representando esses irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão”, disse o deputado.
O deputado voltaria ao Brasil nesta terça para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) da Câmara, mas mudou de ideia. O deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição na Casa, vai assumir o posto.
“Não é fácil saber que meu pai pode ser injustamente preso e talvez eu jamais tenha a chance de reencontrá-lo pessoalmente de novo. Não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump, caso não tivesse sido reeleito”, prosseguiu.
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