O deputado federal bolsonarista Zucco (PL-RS) se revoltou e tentou confrontar manifestantes que protestavam contra a anistia a golpistas na Câmara nesta quarta (9). Ele é um dos articuladores da proposta que perdoa os invasores da Praça dos Três Poderes no ataque de 8 de janeiro de 2023.
O parlamentar parou por alguns segundos no local onde estavam os manifestantes, que pediam “sem anistia” em coro, e respondeu com gritos de “anistia já” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Zucco só conseguiu encontrar um aliado para responder ao grupo e deixou o local logo em seguida.
O próprio deputado publicou o vídeo em seus perfis nas redes sociais para dizer que não lhe “falta coragem”. Ele ainda chamou os manifestantes de “hipócritas” e “covardes”, e tentou vitimizar os condenados pelo 8 de janeiro, dizendo que eles são “pais e mães de família sem quaisquer antecedentes criminais”.
Veja:
ANISTIA JÁ! Vamos pra cima! pic.twitter.com/d0JkaGdlni
— Zucco (@deputadozucco) April 9, 2025
Ele não é o primeiro parlamentar bolsonarista a se revoltar com protestos contra a anistia dos golpistas. Nesta terça (8), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Hélio Lopes (PL-RJ) bateram boca com um grupo de membros de movimentos sociais que criticava a proposta no aeroporto de Brasília.
A revolta dos bolsonaristas ocorre após fracassos na mobilização para buscar assinaturas ao requerimento de urgência para o projeto de lei da anistia. Inicialmente, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro planejavam expor parlamentares que não assinassem o documento, mas decidiram mudar de estratégia.
O PL diz que possui 191 das 257 assinaturas necessárias no requerimento, que deve acelerar a tramitação da proposta na Câmara. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem sido pressionado por bolsonaristas para pautar o texto.
No último domingo (6), durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, o pastor Silas Malafaia chegou a atacar Motta, dizendo que ele é uma “vergonha” para o povo de seu estado por não liberar o projeto para votação. A estratégia tem sido apontada como um “tiro no pé” que pode “enterrar” o projeto de vez.
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