A escrivã Elisângela Dantas, da Polícia Civil de Cajazeiras, que também é uma das vozes ativas na militância em defesa das mulheres na região, relatou os bastidores da prisão de Gabriel de Freitas, de 24 anos, autor confesso do duplo feminicídio que vitimou sua companheira e sua madrasta.
Gabriel foi preso na manhã desta segunda-feira (31). Ele confessou ter assassinado com golpes de faca, no último dia 2 de março, no sítio Cajazeiras Velha, em Cajazeiras, sua própria companheira, Layane dos Santos, de 24 anos, e a madrasta dele, Natalícia dos Santos, de 42 anos, que era tia de Layane. Ao se entregar, o acusado não deu detalhes do crime e a suposta motivação.
“A priori, eu quero falar da satisfação de terminar o mês de março, o mês destinado à proteção à mulher, com essa prisão. Iniciamos o mês muito tristes com esse duplo homicídio e finalizamos pelo menos com o sentimento de dever cumprido”, disse Elisângela.
A chegada de Gabriel à Central de Polícia Civil de Cajazeiras provocou um momento de bastante tensão, no qual os policiais tiveram que agir para evitar que ele fosse linchado por familiares e amigos das vítimas, que realizavam um protesto na porta da delegacia. A viatura da Polícia Civil que trouxe o acusado teve um para-brisa lateral quebrado ppor um dos manifestantes.
“A gente entende a situação dos familiares que estão aqui na porta da delegacia, mas a justiça tem que ser feita judicialmente, a gente não é a favor de fazer justiça com as próprias mãos”, comentou a escrivã.
Os manifestantes aguardavam a chegada de Gabriel na calçada da Central de Polícia. Eles tentaram acessar o pátio, mas foram contidos por agentes da Polícia Civil. Gabriel foi para a cerceragem da delegacia aguardar a audiência de custódia. “Ele confessou o crime, mas não deu maiores detalhes, só disse que estava muito arrependido”, revelou Elisângela Dantas.
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