O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para quarta-feira (26) a decisão sobre tornar ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Corte já rejeitou os cinco pedidos preliminares apresentados pelas defesas dos acusados.
A Primeira Turma do tribunal iniciou o julgamento na manhã desta terça (25), mas a votação final ficou para o dia seguinte, quando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve apresentar seu voto, seguido pelos demais ministros.
A sessão começou com a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que reiterou os indícios de envolvimento dos supostos golpistas. As defesas alegaram cerceamento e questionaram o uso de delações premiadas, levantando ainda pedidos de impedimento de ministros e nulidades processuais.
🤭 MORAES LEVOU OS PRINTS!
O Ministro Alexandre de Moraes acaba de DESTRUIR o argumento da defesa de Bolsonaro e aliados de que eles não tiveram acesso a documentos das investigações do golpe.
Moraes levou prints de todas as vezes que os advogados fizeram login para acessá-los.… pic.twitter.com/TCaYzZNBMf
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) March 25, 2025
Em um movimento incomum, Bolsonaro compareceu presencialmente à sessão e sentou-se na primeira fila do plenário, de frente para Moraes. Sua presença surpreendeu os ministros, que avaliam que Bolsonaro quer demonstrar que “não é covarde” a seus apoiadores.
A Primeira Turma, composta por cinco ministros, vai decidir amanhã se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República. Caso isso ocorra, os acusados passarão à condição de réus e responderão a processo criminal no STF.
Ciente da possibilidade de manifestações ou ataques, o STF preparou um esquema especial para o julgamento. O plano inclui segurança reforçada no prédio, controle de acesso mais rígido e policiamento ampliado na região. O julgamento desta quarta deve ser transmitido ao vivo, e três sessões extraordinárias foram convocadas para analisar o caso.