Na última quinta (27), Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, afirmou que Vladimir Putin, líder da Rússia, “morrerá em breve”. A declaração foi dada em entrevista à France TV, em meio a especulações sobre a saúde do mandatário.
Putin tem 72 anos, é ex-agente da KGB, agência de segurança e inteligência da União Soviética, e faixa-preta de judô. O russo sempre tenta passar uma imagem de saúde perfeita e virilidade, como na foto em que aparece sem camisa e montado em um cavalo, que estampou calendários vendidos no país.
Ele assumiu o posto em 2000, substituindo Boris Yeltsin, que estava com a saúde debilitada. Na época, a imprensa local já apontava que Putin estava pessoa doente e o jornal Kommersant chegou a dizer que ele sofria uma forma grave de eczema.
Em 2005, uma matéria da revista americana The Atlantic apontou que Putin caminhava de forma “irregular”, dizendo que ele poderia ter sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) enquanto estava no útero da mãe, ficado com sequelas por problemas no parto ou ter tido pólio no infância, já que o país enfrentava uma epidemia da doença na década de 1950, quando ele nasceu.
Três anos depois, um estudo do Colégio de Guerra Naval dos Estados Unidos, ligado ao Pentágono, disse que Putin tem síndrome de Asperger e que seu “desenvolvimento neurológico foi significativamente interrompido na infância”.
Após cancelamento de viagens em 2012 e especulações sobre sua saúde, o Kremlin revelou que o presidente russo estava fazendo um tratamento para dores nas costas, causadas por atividades ligadas ao judô e exercícios de levantamento de peso.
Veículos de imprensa russos têm publicado supostos diagnósticos de câncer de Putin desde 2014. Naquele ano, jornais da Bielorússia, Polônia e Estados Unidos disseram que ele foi diagnosticado com tumores na medula espinhal e no pâncreas, e que estaria em “estado terminal”.
Em 2017, o cientista político Valery Solovei afirmou que Putin renunciaria por motivos de saúde. Três anos depois, ele também garantiu que o líder russo teria sido submetido a uma cirurgia para a retirada de tumores malignos e citou diagnósticos de doenças como Parkinson e hanseníase.
Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, Putin fazia poucas aparições públicas e apareceu em novembro daquele ano com uma crise de tosse em uma reunião, o que viralizou nas redes.
Desde o início da guerra contra a Ucrânia, em 2022, outras especulações sobre sua saúde surgiram. Kyrylo Budanov, chefe da inteligência militar ucraniana, espalhou o boato de que Putin foi diagnosticado com outras várias doenças, “incluindo câncer”.
No mesmo ano, tablóides declararam que Putin morreu e foi substituído por um dublê de corpo. O próprio Zelensky questionou se Putin estaria vivo em 2023, mas o Kremlin rejeitou as acusações e agências inteligência ocidentais dizem que ele “está saudável até demais”.
Mesmo com o mistério e especulações sobre sua saúde, o Kremlin diz que “não prevê nenhuma divulgação obrigatória de dados sobre a saúde do presidente”.
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