O influenciador Hytalo Santos, preso em São Paulo ao lado do marido, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro, por suspeita de tráfico de pessoas e exploração de menores, ingressou com um novo pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação foi feita na quarta-feira (20/8), um dia após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter a prisão preventiva do casal.
De acordo com informações obtidas, o habeas corpus tramita sob sigilo e ficou sob a relatoria do ministro Luiz Fux. Os advogados de defesa tentam reverter a decisão que negou a liberdade provisória e manteve o casal sob custódia por determinação da Justiça da Paraíba.
Hytalo e Israel foram presos no último dia 15 de agosto em São Paulo, em cumprimento a mandados expedidos pela Justiça paraibana. A operação contou com atuação conjunta do Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do GAECO, do Ministério Público do Trabalho (MPT-PB), além das Polícias Civis da Paraíba e de São Paulo e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Após a prisão, o influenciador alegou em audiência de custódia não entender os motivos da detenção. Seus advogados ingressaram com habeas corpus no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), mas o pedido foi negado. Em seguida, recorreram ao STJ, que também manteve a prisão preventiva.
Segundo o delegado-geral André Rabelo, a Polícia Civil da Paraíba já está pronta para realizar a transferência de Hytalo e Euro. A Justiça paraibana determinou que o deslocamento seja feito em voo comercial, mas a operação ainda depende de autorização do Judiciário paulista. A expectativa é que a medida seja concluída até a próxima semana.
Paralelamente, a Justiça do Trabalho bloqueou bens do casal em decisão sigilosa solicitada pelo MPT-PB. Foram atingidos cinco veículos de luxo, imóveis, empresas e valores que podem chegar a R$ 20 milhões. A medida visa garantir recursos para eventual indenização por dano moral coletivo, além de reparação e assistência às vítimas.
De acordo com o MPT, há indícios de ocultação patrimonial e movimentações financeiras atípicas, o que reforçou o pedido de bloqueio.
PB Agora