Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 3, pela Genial/Quaest com simulações de cenário para 2026, de acordo com as preferências de hoje dos eleitores, mostra quem são os possíveis candidatos com menores índices de rejeição. Todos são governadores, alguns já manifestaram o desejo de concorrer ao Planalto e outros são cotados para principalmente por causa da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).
O dono do menor índice de rejeição é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que tem 21%. Ele já se apresenta como pré-candidato à presidência pela sua sigla e planeja se lançar oficialmente em março, num evento do partido em Salvador. Em 1989, na primeira eleição direta para presidente após a redemocratização, Caiado tentou a presidência, mas teve cerca de 1% dos votos. Lula, que também disputou essa eleição, perdeu no segundo turno para Fernando Collor.
Na pesquisa, o segundo lugar em menor índice de rejeição é do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), com 23%. Embora seu nome já tenha sido citado como opção para liderar a direita nas próximas eleições (tendo em conta a importância do colégio eleitoral mineiro, que é o segundo maior do País), Zema não é próximo do bolsonarismo e não diz claramente se pretendia se candidatar. O governador mineiro está no seu segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.
No terceiro lugar empatam dois governadores — Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ratinho Junior (PSD), do Paraná. Os dois têm 32% de rejeição. O ex-ministro de Bolsonaro nega que tenha planos de concorrer ao Planalto, mas seu nome é bastante cotado por sua boa capacidade de articulação e pela imagem de ser um governante mais técnico do que político. Interlocutores de Tarcísio dizem que ele tentará a reeleição em São Paulo. Ratinho, por sua vez, já está no segundo mandato no govero paranaense.
Apesar dos números, a pesquisa da Quaest aponta um fator importante de ser levado em consideração: embora sejam conhecidos em seus estados, alguns governadores têm baixo índice de conhecimento entre os eleitores a nível nacional. Por isso, para terem êxito em uma eventual disputa em 2026 precisariam repetir em outros estados a avaliação que têm nos seus redutos eleitorais. O próprio Caiado, apesar de ter o menor índice de rejeição entre os avaliados, não é conhecido por 68% dos entrevistados do levantamento.
Campeões na rejeição
Na outra ponta, o nome com a rejeição mais alta entre os avaliados é o atual ministro da Fazenda Fernando Haddad, possível candidato do PT para 2026, caso Lula não tente a reeleição. Ele, que já foi candidato à presidência em 2018, está com a imagem arranhada por causa de sua condução na Economia e ao menos duas crises: a “taxa das blusinhas” e a do Pix. Gilberto Kassab, presidente do PSD, chegou a dizer em uma agenda semana passada que Haddad é um ministro “fraco”. Apesar disso, ele é bastante próximo de Lula e é considerado, dentro da sigla, como um dos possíveis sucessores dele no PT.
A segunda maior rejeição é do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem 55%. Depois dele, aparece o pai, Jair Bolsonaro, que tem 53%. Mesmo inelegível, o PL pretende lançá-lo na pendência de recursos judiciais para que ele possa, ao menos, transferir votos para um sucessor. A quarta maior rejeição é de Ciro Gomes (PDT), com 52%. Depois dele, vem o presidente Lula, com 49%.
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