A ONU (Organização das Nações Unidas) reagiu à fala de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre tomar Gaza e expulsar os palestinos. O organismo internacional afirmou que a iniciativa é ilegal e que existe o risco de uma “limpeza étnica”.
“Qualquer deslocamento forçado de pessoas equivale a uma limpeza étnica”, afirmou Stephan Dujarric, porta-voz da ONU. O secretário-geral da organização, António Guterres, defendeu que Gaza deve “permanecer fiel à base do direito internacional”.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou que o plano de Trump viola o direito internacional humanitário e defendeu um avanço do cessar-fogo entre Gaza e Israel. A entidade ainda afirmou que é “crucial” avançar no acordo de cessar-fogo com Israel.
O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Türk afirmou que “o direito à autodeterminação é um princípio fundamental do direito internacional e deve ser protegido por todos os Estados, como a Corte Internacional de Justiça recentemente enfatizou. Qualquer transferência forçada ou deportação de pessoas do território ocupado é estritamente proibida”.
Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, todos os membros permanentes do Conselho de Segurança, além de dezenas de países, como Brasil, Arábia Saudita, Espanha, Austrália, Irã, Irlanda, Egito, Jordânia, Turquia e Alemanha, se uniram contra o plano do americano.
O governo de Emmanuel Macron, presidente da França, rejeitou a ideia e também afirmou que a proposta violaria o direito internacional, além de apontar que desestabilizaria a região.
“A França reitera sua oposição a qualquer deslocamento forçado da população palestina de Gaza, o que constituiria uma grave violação do direito internacional, um ataque às legítimas aspirações dos palestinos”, diz Christophe Lemoine, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
O Reino Unido, tradicional aliado americano, também criticou o plano. David Lammy, chefe da diplomacia britânica, apontou que “precisamos ver os palestinos capazes de viver e prosperar em suas terras natais em Gaza e na Cisjordânia”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que o país vai se opor à “transferência forçada” de palestinos e apontou que “o governo palestino sobre os palestinos é o princípio básico da governança de Gaza no pós-guerra”.
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