A China proibiu suas companhias aéreas de receber entregas de jatos da Boeing após as tarifas de 145% impostas sobre produtos chineses pelos Estados Unidos. Pequim pediu para que transportadoras do país suspendam compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas.
A decisão foi tomada em meio à guerra comercial entre os países. A China também tem considerado ajudar companhias aéreas que alugam jatos da Boeing e têm enfrentado custos mais altos por conta das medidas do presidente americano, Donald Trump.
As três principais empresas chinesas do setor (Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines) planejavam receber, respectivamente, 34, 53 e 81 aviões da Boeing até 2027. A decisão do país sobre o setor está alinhada com os impostos de 125% sobre importações americanas, uma retaliação às tarifas dos EUA.
Segundo a agência de notícias Reuters, a medida aumenta o custo dos jatos da Boeing entregues às companhias aéreas chinesas e faz com que elas considerem alternativas como a Airbus e a empresa doméstica COMAC.
A Boeing vê a China como um de seus maiores mercados em crescimento, enquanto sua rival Airbus já possui uma posição dominante no país asiático.
A guerra comercial entre os países começou em fevereiro, quando Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre produtos chineses. Após o tarifaço do republicano no início do mês, a China decidiu retaliar, estabelecendo impostos sobre importações americanas.
Na última sexta (11), Pequim elevou suas tarifas para 125%, um dia depois de a Casa Branca anunciar que produtos chineses estariam sujeitos a uma taxa de pelo menos 145%. As medidas ameaçam paralisar o comércio entre as duas maiores economias do mundo.
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