Entregadores de todas as regiões do Brasil marcaram para hoje e amanhã uma paralisação em quase 60 cidades, por melhores condições de trabalho em serviços de delivery dos principais aplicativos em operação no país, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega.
QUAIS SÃO AS REINVIDICAÇÕES?
Os organizadores do “breque dos apps” alegam precarização do trabalho e pedem aumento da remuneração aos entregadores. “A reivindicação principal é um aumento justo do valor das taxas pagas à categoria”, diz Junior Freitas, uma das lideranças do ato em São Paulo.
“Somos precarizados há muito tempo. Sabemos que é a remuneração que dita o quanto tempo precisamos trabalhar e ficar na rua se arriscando”, segue.
A Greve nacional tem quatro pautas centrais. São elas: a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; o aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação da atuação das bicicletas a um raio máximo de três quilômetros; e o pagamento integral de cada um dos pedidos, nos casos em que diversas entregas são agrupadas em uma mesma rota.
Entregadores de 59 cidades aderiram à paralisação. Atos nas ruas também estão previstos para ocorrer hoje em ao menos 19 capitais. São elas: São Paulo, Maceió, Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Distrito Federal, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Floripa, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís.
IFOOD COMO ALVO PRINCIPAL
iFood não é o único alvo, mas o principal, dizem organizadores. A paralisação também reivindica melhores condições de trabalho por outras plataformas, mas lideranças consideram o iFood uma “base” de influência nas negociações. “Se ela muda [suas regras], as outras também mudam”, diz outro organizador do ato.
Associação que representa iFood e outros apps de delivery, como 99, Uber e Zé Delivery, diz que “respeita o direito de manifestação” dos entregadores.
Em nota, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia) afirma que suas empresas associadas “mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores” e
“apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades”.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba