O Brasil está prestes a avançar na utilização do etanol anidro como aditivo na gasolina, ampliando a mistura atual de 27% para 30% (E30). O aumento é parte das medidas previstas na Lei do Combustível do Futuro, que permite a elevação do percentual de etanol na gasolina até 35%.
Testes conduzidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) comprovaram a viabilidade técnica da nova mistura, sem prejuízos ao desempenho dos veículos nem aumento no consumo. Foram avaliados automóveis e motocicletas a gasolina, tanto novos quanto com até 30 anos de uso. Os resultados mostraram estabilidade nos testes de aceleração, partida a frio, emissões e consumo.
O etanol anidro, utilizado desde os anos 1970 como substituto de aditivos fósseis como chumbo e MTBE — reconhecidamente nocivos e cancerígenos —, tem se consolidado como uma alternativa mais limpa e segura. Além de reduzir as emissões de gases poluentes, o etanol também contribui para elevar a octanagem da gasolina, melhorando seu desempenho.
Assim, o Instituto Mauá de Engenharia, responsável por realizar os testes, contou também com uma metodologia de comum acordo entre todas as associações. Entre elas, desde a ANFAVEA e a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva fizeram parte da iniciativa.
Por sua vez, desde 1961, o Instituto Mauá de Tecnologia capacita engenheiros para a indústria automobilística, reforçando seu compromisso com o setor.
Com base nos resultados positivos dos testes, que confirmaram a segurança e a eficiência da nova mistura, o MME agora prepara uma Análise de Impacto Regulatório (AIR) para recomendar ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a aprovação definitiva da nova mistura. A decisão poderá ser tomada em reunião extraordinária do conselho.
Importante ressaltar, que as fábricas de motocicletas desejam, simultaneamente, reduzir ainda mais a pegada do carbono visando não somente a venda, mas também a utilização de seus veículos automotores no país.