O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que anunciou sua fuga para os Estados Unidos nesta terça (18), tem permissão para ficar no país por pouco mais de cinco meses. Ele recebeu um visto da categoria B1/B2, destinado a viagens curtas e cursos rápidos, com duração máxima de seis meses.
O parlamentar entrou em solo americano há 20 dias com um visto de turista e poderá solicitar uma ampliação de mais 30 dias ao fim do prazo, mas terá que pedir permissão para passar mais tempo nos Estados Unidos.
Inicialmente, Eduardo disse que vai se licenciar do mandato por um período de quatro meses, prazo em que seu visto de turista permaneceria válido, mas já adiantou que deve pedir asilo político ao presidente do país, Donald Trump, uma das formas de conseguir o green card, autorização para residência permanente.
O Regimento Interno da Câmara prevê que parlamentares fiquem sem salário no caso de se licenciar por interesse particular, como no caso de Eduardo. Seu salário bruto é de R$ 46.336,19 e ele pode ter descontos no salário se não comparecer a sessões sem justificativa.
O ex-presidente Jair Bolsonaro já disse que pode bancá-lo no país durante o período. “O pai dele, no caso eu, já ofereci tudo em relação à manutenção dele nos Estados Unidos. Muita gente já me ligou oferecendo ajuda e, se deus quiser, não faltará nada. Ele ficará fora pelo tempo que for necessário. É triste ver um filho deixar o país”, afirmou.
Eduardo decidiu fugir para os Estados Unidos por medo de ter o passaporte apreendido. Ele foi alvo de uma ação de parlamentares petistas que pedia a retenção do documento por possíveis crimes contra a soberania nacional.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou apreender o documento nesta terça, mas o deputado disse que não pretende voltar ao país mesmo assim. “Não há a mínima possibilidade de eu voltar ao Brasil, não é um lugar seguro para fazer oposição, mesmo com o meu passaporte. Alexandre de Moraes é um psicopata”, disse à CNN Brasil.
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