Os mercados financeiros mundiais enfrentam um dia de forte turbulência nesta segunda-feira (7) diante do agravamento da guerra comercial iniciada pelo tarifaço de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Apesar das perdas acumuladas de US$ 10 trilhões desde sua posse, o mandatário manteve sua postura agressiva: “Não quebrei o mercado de propósito. Não quero que nada caia, mas, às vezes, é preciso tomar remédios para consertar alguma coisa”, declarou no domingo (6).
O temor de estagflação, cenário que combina inflação alta com baixo crescimento, domina o ambiente econômico global. “Enquanto os protestos contra o governo norte-americano crescem, Trump segue prometendo uma ‘vitória histórica’, mesmo diante do desgaste econômico”, disse Diego Costa, da B&T XP em entrevista ao Broadcast.
No Brasil, o Ibovespa registrava queda de 2,66% no início da tarde, com todas as 86 ações do índice em território negativo. O dólar subia 1,04%, cotado a R$ 5,895, após saltar 3,6% na sexta-feira (4), maior alta diária desde novembro de 2022.
Nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices já apontavam fortes recuos:
– Dow Jones: -2,58%
– S&P 500: -2,77%
– Nasdaq: -2,80%
O VIX, “termômetro do medo” de Wall Street, disparou para 48,08 pontos, após atingir 60 pontos mais cedo – nível só visto durante a crise de 2008 e no início da pandemia em 2020.
As bolsas asiáticas também registraram colapsos históricos, sendo:
– Hong Kong (Hang Seng): -13,22% (maior queda desde 1997)
– Xangai: -7,34% (pior desempenho desde fevereiro de 2020)
– Japão (Nikkei): -7,83% (acionou circuit breaker)
– Coreia do Sul (Kospi): -5,57%
A China anunciou tarifas de 34% sobre produtos americanos em retaliação às medidas de Trump. O Banco Popular da China sinalizou possível corte de juros para mitigar os efeitos da guerra comercial.
Na Europa, o índice Stoxx 600 caía 4,67% no início da tarde, após perder 8,4% na semana passada, pior desempenho em cinco anos, desde o início da pandemia global de Covid-19. As principais bolsas do continente registraram quedas acentuadas:
– Londres (FTSE 100): -4,63%
– Paris (CAC 40): -4,31%
– Frankfurt (DAX 30): -4,36% (chegou a cair 10% na abertura)
– Milão (FTSE MIB): -6,18%
Os dados econômicos positivos da zona do euro foram ofuscados pela crise, com a produção industrial alemã registrando queda maior que o esperado.
As medidas de Trump também impactaram as empresas de tecnologia dos Estados Unidos, formada por big techs, conhecidas como “Sete Magníficas”. As quedas registradas foram:
– Tesla: -6,57%
– Nvidia: -7,24%
– Apple: -5,85%
– Amazon: -5,18%
– Meta: -4,53%
– Microsoft: -2,73%
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line