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    Lar»CULTURA & ENTRETENIMENTO»O que esperar da participação das mulheres na Igreja com novo papa? Voltar às origens pode ser chave
    CULTURA & ENTRETENIMENTO

    O que esperar da participação das mulheres na Igreja com novo papa? Voltar às origens pode ser chave

    adminPor admin30 de abril de 2025Nenhum comentário8 minutos de leitura2 Visualizações
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    Um ponto sempre citado quando se fala do legado do papa Francisco é a porta que ele abriu à maior participação feminina no Vaticano. O argentino Jorge Mario Bergoglio nunca defendeu mulheres rezando missa, mas fez mudanças importantes na legislação eclesiástica para possibilitar que elas ocupassem papéis significativos na estrutura da Igreja. O próximo papa enfrentará o desafio de seguir o caminho iniciado por Francisco para que não haja um descompasso tão grande entre Igreja e sociedade. Mas como continuar avançando?

    Para a vaticanista e doutoranda em História da Igreja pela Pontificia Università Gregoriana Mirticellli Medeiros, o caminho é voltar às origens, ao cristianismo primitivo. “Eu, como historiadora, posso dizer: as diaconisas existiram na história da Igreja”, afirma.

    Correspondente internacional em Roma, Mirticelli contou ao programa Mulheres Reais, da Rádio Eldorado, que quando o cristianismo começou a se estruturar, no século 1 após a morte de Cristo, após os apóstolos se espalharem para promover a evangelização, a comunidade cristã passou a se institucionalizar e foram criados alguns grupos, que cuidavam de outros grupos. Nasceu então a figura do diácono – a pessoa responsável pela caridade nas primeiras comunidades cristãs, pela distribuição dos bens, por assistir as viúvas e as pessoas mais vulneráveis, por exemplo.

    Papa Francisco abençoa mulher condenada à morte no Sudão  Foto: EFE/Osservatore Romano

    “Esses grupos eram formados por homens e mulheres, a depender da comunidade. No caso das diaconisas, elas estavam muito mais presentes nas comunidades cristãs orientais, mas também estavam presentes no Ocidente, tanto que o diaconato feminino foi reativado em algumas igrejas de tradição ortodoxa, por exemplo. Existe até hoje no rito bizantino um rito específico de ordenação de mulheres diaconisas, que exerciam funções muito específicas nas comunidades cristãs, como, por exemplo, auxiliar mulheres no batismo. E, em alguns casos, exerciam as mesmas funções que os homens.”

    E quando elas sumiram? “Então, aí é que está a questão”, responde Mirticelli. “Em determinado momento na história, mais ou menos entre os séculos 5 e 6, elas desaparecem no Ocidente. Porque se começa a entender que Jesus confiou determinados cargos somente aos homens. Mas no Oriente elas continuam a exercer suas funções. A Igreja Ortodoxa Grega reativou o diaconato feminino. Um diaconato especial, que é diferente do dos homens. Mesmo assim, não foi uma abertura 100%. Eles concedem o título de diaconisas a monjas anciãs, por exemplo.”

    Mirticelli conta que, após receber um pedido de religiosas católicas para estudar o tema, Francisco criou uma comissão para buscar sua fundamentação histórica, ou seja, voltar às origens do cristianismo. “Na verdade, sempre se recorre ao cristianismo primitivo”, confirma a pesquisadora. “A própria hierarquia do catolicismo nasce nos primeiros séculos do cristianismo. Claro que era uma outra estrutura, um outro contexto social. Mas o papa Francisco, eu sempre gosto de dizer isso, era um papa conservador ao extremo. No sentido em que realmente recorria às fontes do cristianismo primitivo, olhava para elas e dizia: ‘Onde foi que a gente se perdeu?‘. Porque a gente sabe que o catolicismo na Idade Média é uma coisa completamente diferente, que não está em relação com aquilo que se vivia nos primeiros séculos do cristianismo. Então o papa Francisco recorre àquela que é considerada a igreja apostólica, a igreja dos primeiros séculos, as inspirações iniciais do cristianismo, do cristianismo da caridade, da solidariedade. É esse o conservadorismo de Francisco: conserva-se o que é bom, o que é puro, o que é original.”

    Mirticelli destaca que a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, publicada pelo papa Francisco em 2022, representou um marco por ter sido uma das cinco reformas da Cúria Romana ao longo de quase 2 mil anos de história do catolicismo. “A reforma da Igreja Católica sempre deve acontecer no âmbito da Cúria Romana. Se não há uma reforma da Cúria Romana, para a história do Catolicismo não é considerada uma reforma propriamente dita”, explica. “Então estamos falando de um papa que vai entrar para a história porque é um dos cinco papas reformadores. Inclusive ele foi eleito para isso: reformar a Cúria Romana. Ele disse que essa era a missão dele como papa, a cumpriria até o fim e, de fato, foi o que fez.”

    A Constituição Apostólica de Francisco substituiu a anterior, publicada pelo papa João Paulo II. E trouxe importantes alterações, como a possibilidade de leigos e mulheres assumirem cargos de chefia na Cúria Romana. “Na Constituição de João Paulo II previa-se que somente clérigos poderiam assumir esses cargos. Ou seja, poderiam estar à frente dos chamados dicastérios, que são uma espécie de ministérios, para simplificar a linguagem. E o papa Francisco, nesse quesito, disse que todo e qualquer batizado poderia assumir um dicastério da Cúria Romana. Ou seja, ele exclui a restrição imposta por João Paulo II. Claro que foi fazendo isso aos poucos, para não assustar muito os colegas cardeais. E certamente muitos não acolheram com alegria essa mudança…”

    Mirticelli lembra que Francisco fez duas nomeações importantíssimas de mulheres nos últimos tempos: a da governadora do Estado do Vaticano, Rafaella Petrini, e a da chefe do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada, Simona Brambilla. “Esse cargo à frente do Dicastério não era ocupado antes nem por bispo, só por cardeal. Então o papa Francisco, na verdade, queima várias etapas: ele vai diretamente para a pessoa do leigo, um não clérigo, e mulher ainda por cima. Na verdade, em vez de mudar a regra para autorizar mulheres clérigas, ele vai por esse outro lado de autorizar a nomeação de qualquer batizado.”

    Francisco também criou uma comissão para discutir o diaconato feminino. “O papa Francisco quis discutir e entender: se no cristianismo oriental isso existiu, se consolidou e foi reativado, por que em âmbito ocidental a gente não pode discuti-lo? Mas ele, em primeira pessoa, era contra a clericalização de mulheres. Dizia que uma mulher, para ser reconhecida, não precisa ter roupa de padre. Ela deveria ser reconhecida pelo que é, não necessita de acessórios. Então a visão dele é muito mais profunda”, afirma Mirticelli. “Tenta imaginar a revolução de ter um cardeal, como no caso desse Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada, abaixo da freira que coordena esse Dicastério? Ela não precisou ser um padre, uma sacerdotisa, uma diaconisa, para ser respeitada.”

    Mirticelli diz que a mobilização feminina por maior protagonismo na Igreja é ainda discreta, mas, por ordem de Francisco, foi criada uma segunda comissão, cujo resultado vai ser publicado em junho deste ano, já com o novo papa.

    Há anos acompanhando o Vaticano como jornalista credenciada da Santa Sé, ela acha que o próximo conclave vai ser muito complicado, porque, apesar de a maioria dos cardeais ter sido indicada pelo papa Francisco, eles ainda não conhecem a fundo o próprio colégio cardinalício.

    “A gente não pode tratar a maioria do colégio cardinalício como pró-Francisco. Quem disse? Por mais que eles tenham sido criados por Francisco, eu prefiro mais prudente em relação a essas previsões.”

    Para ela, as reuniões que estão ocorrendo agora são fundamentais. “Essas reuniões que caracterizam o pré-conclave são mais importantes do que o conclave, porque nelas os cardeais discutem que perfil de papa estão procurando. O conclave serve para votar e para dar o veredito, mas na verdade o que está acontecendo agora é muito mais importante”, diz.

    “O próprio papa Francisco foi eleito, entre aspas, em uma dessas congregações gerais, porque o discurso que ele fez chamou a atenção dos cardeais que estavam ali, e eles já foram para a Capela Sistina com o nome do Bergoglio na cabeça. Então, na verdade, é agora que o papa está sendo construído.”

    E se as discussões entre eles abordarão o papel da mulher na Igreja? “Sem dúvida”, responde Mirticelli. “Porque o papa Francisco fez uma reforma que, pelo menos na primeira hora, o outro papa não poderá ir contra. É uma Constituição Apostólica publicada há pouquíssimo tempo. Não é que o novo papa vai chegar e criar uma outra Constituição Apostólica. Isso não é comum. Seriam necessários ao menos 30 anos para esperar a execução dessa reforma para se criar uma outra Constituição. Então esse próximo papa, na verdade, vai pegar uma batata quente na mão: tem coisas que ele não vai poder ir contra no primeiro momento, ele vai ter que seguir, independentemente da linha que assuma. Porque, do ponto de vista legislativo, o papa Francisco já bateu o martelo, já deixou muita coisa fechada, inclusive em relação às mulheres. Essas mulheres que assumiram agora, por exemplo, ficarão cinco anos no cargo. Então, mesmo que o novo papa queira tirá-las mais à frente, vai ter que aguentá-las uns anos ainda.”

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