A Justiça espanhola absolveu Daniel Alves da condenação por estupro. O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) alegou que o testemunho da vítima era “pouco confiável”. A decisão, tomada de forma unânime nesta sexta-feira (28), destacou que a versão da jovem apresentava “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições” em relação aos fatos registrados por câmeras de segurança na boate em Barcelona, onde o crime teria ocorrido em dezembro de 2022.
Os magistrados afirmaram que não compartilhavam da convicção expressa na primeira sentença e alegaram que a análise das imagens da boate mostrava divergências entre o que foi relatado pela jovem e o que realmente aconteceu. Para o TSJC, o relato da vítima “não correspondia à realidade” dos fatos que puderam ser verificados de forma objetiva.
A Corte também questionou o fato de a sentença anterior ter aceitado como verdadeiro o relato da denunciante sem confrontá-lo com outras provas do processo. Entre os pontos citados, estão os laudos de DNA e impressões digitais que, segundo os juízes, não foram devidamente considerados na decisão original.
Durante o julgamento, os magistrados observaram que a jovem havia negado ter tido contato sexual com o jogador, o que foi contradito por provas biológicas. O tribunal entendeu que essa divergência compromete a credibilidade do depoimento. “Falta de fiabilidade”, afirmaram os juízes em sua decisão, ao anular a condenação imposta em fevereiro de 2024.
Além da absolvição, o tribunal rejeitou os recursos da promotoria, que pedia nove anos de prisão, e da acusação particular, que solicitava 12 anos. O julgamento também revogou todas as medidas cautelares impostas a Daniel Alves, que já cumpria pena em regime aberto com restrições.
Com a decisão, o ex-lateral da Seleção Brasileira está livre da condenação.
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