Faltando poucos dias para o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar a denúncia que pode torná-lo réu em um processo sobre uma trama golpista para anular as eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do podcast Flow desta sexta-feira (14) e afirmou que, caso seja preso, teme ser envenenado.
A declaração aconteceu enquanto o integrante do Partido Liberal relembrava sua trajetória política, destacando sua ascensão de vereador à Presidência da República. O convidado frisou que sua vida foi marcada por uma série de acontecimentos que, segundo ele, foram “milagrosos”:
“Minha vida é feita de coisas. Até a facada foi um milagre. Médicos dizem que, de cada 100, só um sobrevive. É igual ao Trump com o tiro na orelha. Temos muita coisa em comum, exceto a fortuna. Deus não me colocou aqui para morrer atrás das grades. Se me prenderem, vão me matar. Não tenho a menor dúvida de que serei envenenado. Não é de interesse que me vejam preso, porque vou dar dor de cabeça. Precisam me eliminar”.
Além disso, Jair Bolsonaro comentou sobre as declarações feitas por seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, que fez uma delação premiada ao STF. O ex-presidente reconheceu que algumas informações reveladas pelo militar são verdadeiras, embora tenha questionado a veracidade de outras.
“Ele fala muita coisa. Algumas coisas são verdade, mas outras eu fico pensando: ‘Como o cara teve conhecimento disso, se nem eu estava sabendo?’”, declarou o ex-mandatário, referindo-se às informações daquele que foi um dos seus aliados mais próximos durante o governo.
Entre as revelações de Cid, uma das mais impactantes foi a acusação de que Bolsonaro teria redigido um decreto para instaurar um “estado de defesa” com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Assista a partir do minuto 34:
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