A decisão da PGR no caso da fraude no cartão de vacina de Bolsonaro é surpreendente, porque reverte expectativas. Parece que vai cair tudo no colo de Mauro Cid de novo.
Essa é a manchete de agora à noite:
PGR pede arquivamento de investigação contra Bolsonaro sobre fraude em cartão de vacina
Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, não viu elementos que justificassem responsabilização.
A manifestação se estende também ao deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Bolsonaro, Gutemberg Reis e o tenente-coronel Mauro Cid chegaram a ser indiciados em março do ano passado pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.
As investigações se referem à suspeita de fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19.
Deu pra entender? Bolsonaro e o tal Gutemberg Reis se salvaram. Fica só o Mauro Cid, o delator, no caso dessa fraude? E os outros indiciados como participantes do grupo fraudador?
Mas que interesse Cid teria em fraudar o cartão de Bolsonaro e da filha dele, Laura, por conta própria? Fraudou por conta para agradar o chefe? Ou não fraudou?
Mais uma frustração devastadora com o desfecho desse caso. Será esse o mesmo fim do caso das joias das arábias? Cid vendeu as joias por conta? Pobre Cid.
Também é derrubada a tese da Polícia Federal da conexão da fraude (para fugir para os Estados Unidos com o atestado) com o golpe fracassado.
O relatório da PF informava: “O presente eixo (falsificação dos cartões) pode ter sido utilizado pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência no exterior (cartão de vacina), aguardando a conclusão dos atos relacionados à nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu no dia 8 de janeiro de 2023”.
Vamos repetir: pobre Mauro Cid.