Prestes a assumir a presidência do PSD na Paraíba, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima admitiu, na noite desta segunda-feira (07), em entrevista ao programa Hora H da TV Norte Paraíba, que o bloco da oposição pode traçar uma estratégia de ter mais de um candidato ao Governo do Estado no primeiro turno em 2026. Para Cunha Lima, essa seria uma composição que abre a construção de unidade em um eventual segundo turno contra o projeto hoje liderado pelo governador João Azevêdo (PSB).
“Eu não vejo como algo ruim. Em uma eleição de dois turnos não faz mal que tenha mais de uma candidatura pela oposição, é tranquilo isso. O que não pode acontecer é o que aconteceu em 2022. Um candidato que tava na oposição [Nilvan Ferreira] quando chega no segundo turno corre”, disse.
Segundo o ex-deputado federal, há o compromisso firmado com Kassab para fortalecer o PSD na Paraíba. Por isso, Pedro não descarta ser candidato ao Senado, caso não concorra ao Palácio da Redenção, desde que seja em dobradinha com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB).
“Existe uma possibilidade de uma candidatura minha ao Governo. Se eu não for candidato ao Governo, haverá um esforço maior de fazer com que no PSD possa ter uma chapa para deputado federal. Se eu tiver disputando o Governo podemos até ceder. E existe a possibilidade, mesmo que distante, de uma disputa ao Senado. Deixo claro que tenho compromisso firmado com o senador Veneziano, que uma eventual disputa minha seria [ao Senado] em parceria com Veneziano”, enfatizou.
Federação PP-União Brasil
Em meio ao impasse de quem ficará com o comando da federação PP-União Brasil na Paraíba, o ex-deputado Pedro Cunha Lima, apesar de acreditar que Efraim Filho sobressairá na disputa com Aguinaldo Ribeiro, não fecha espaços para ter o senador no PSD, mesmo citando que ainda não há conversas sobre o tema.
“Eu tenho muita confiança que a liderança do senador Efraim, e o que ele tem defendido é algo que faz sentido, é justo, sensato, que é fazer uma pesquisa para ver quem fica com o comando [da federação]. Tenho muita confiança que o senador Efraim vai assumir a liderança nesse processo, se houve a federação. Mas, não existe nenhum tipo de conversa nessa direção [filiação de Efraim ao PSD]. Agora, para falar de forma genérica, todos os aliados que estão em nosso campo são bem-vindos para fazer parte do PSD, o partido está de porta aberta para todos, de forma indiscriminada”, afirmou.
Confira a entrevista completa:
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