Embora o governador João Azevêdo (PSB) busque manter a unidade da base aliada para as eleições de 2026, setores da oposição na Paraíba seguem atentos e até apostando em um possível racha entre os principais grupos que compõem o bloco governista.
Em entrevista ao Correio Debate, da rádio Correio 98 FM, na última semana, o senador Efraim Filho (União Brasil) previu que o Republicanos pode deixar a base governista diante da dificuldade do Palácio da Redenção em acomodar seus aliados.
Segundo Efraim, há um desequilíbrio entre o número de grupos políticos que integram a base e a quantidade de vagas disponíveis na chapa. “São cinco forças políticas disputando quatro espaços. Uma vaga é do governador João Azevêdo (PSB), uma de Cícero Lucena (PP), uma do grupo Ribeiro, uma de Hugo Motta e outra de Adriano Galdino — esses dois últimos do Republicanos. O governo não tem como oferecer duas vagas ao Republicanos. Essa conta não fecha”, declarou.
O senador avaliou que essa disputa interna pode provocar um realinhamento político no estado, com a construção de uma nova frente de oposição. “Desde dezembro venho alertando sobre essa dificuldade de composição. Acredito que essa situação vai levar à formação de uma nova ordem política. Podemos unir os insatisfeitos com os atuais oposicionistas e construir um projeto forte e vitorioso para 2026”, afirmou.
Efraim se definiu como um “bom jogador de xadrez” político, afirmando que enxerga os movimentos com antecedência. Segundo ele, o nome que liderará essa possível frente alternativa será aquele capaz de representar o consenso entre os aliados descontentes e a oposição já consolidada.
Nos bastidores, figuras da oposição mantêm diálogo com setores insatisfeitos e não descartam a formação de uma nova frente política, reunindo ex-aliados do governo com os atuais adversários. A meta seria apresentar um projeto alternativo ao comando estadual, mirando a disputa pelo Governo da Paraíba em 2026.
Redação