Uma limusine atribuída ao presidente russo Vladimir Putin explodiu em Moscou, aumentando a tensão em torno da segurança do chefe do Kremlin. O carro, um Aurus Senat avaliado em 275 mil libras, pegou fogo em uma rua ao norte da sede do serviço secreto russo FSB, localizada na região da Lubyanka.
A limusine pertence ao Departamento de Administração da Propriedade Presidencial, mas ainda não há informações oficiais sobre quem estava a bordo no momento do incidente.
Segundo relatos, ninguém ficou ferido. O presidente russo, de 72 anos, costuma usar veículos fabricados na Rússia e já presenteou o ditador norte-coreano Kim Jong-un com limusines semelhantes. Militares da guarda cerimonial em Murmansk foram revistados um a um por agentes do Serviço Federal de Proteção (FSO), que procuravam armas ou explosivos ocultos. A medida foi tomada enquanto os soldados aguardavam Putin para uma cerimônia de homenagem ao Soldado Desconhecido.
De acordo com a imprensa local, os carregadores das armas dos soldados foram retirados, e tampões foram inseridos nas câmaras, por medo de uma possível tentativa de assassinato vinda das próprias forças russas.
Recentemente, Putin apareceu a bordo do submarino nuclear Arkhangelsk e declarou: “Há pouco tempo eu disse que trituraríamos a Ucrânia — agora parece que vamos acabar com eles.” Também nesta semana, agentes do FSO foram flagrados abrindo tampas de bueiro nos arredores de um local onde Putin faria um discurso, em busca de bombas. O clima de alerta evidencia a preocupação com a segurança do presidente, em meio à impopular guerra contra a Ucrânia.
Na quarta-feira (26), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou que Putin “vai morrer logo, isso é fato”, durante uma entrevista na televisão. Zelensky pediu aos aliados que mantenham as sanções contra a Rússia e afirmou que a maior preocupação de Putin é a perda de poder. “Ele vai morrer logo, isso é fato. Tudo vai acabar então”, disse. “Quero dizer, a questão sobre ele, tudo pode acabar antes que sua – por assim dizer – vida histórica absolutamente segura e malsucedida acabe. É disso que ele tem medo”. A fala se deu após reunião com o presidente francês Emmanuel Macron, em Paris.