A Justiça Federal na Paraíba condenou três pessoas envolvidas com a Braiscompany a penas que somam mais de 170 anos de prisão. A decisão foi proferida nesta terça-feira (15) pela 4ª Vara Federal de Campina Grande, sob comando do juiz Vinícius Costa Vidor. A empresa é acusada de atuar de forma ilegal no mercado de criptoativos e de causar prejuízo a milhares de investidores em todo o país.
Segundo a sentença, os réus foram responsabilizados por crimes como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, operação de instituição financeira sem autorização e organização criminosa. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), com base em investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Entre os condenados, Joel Ferreira de Souza recebeu a maior pena: 128 anos, 5 meses e 28 dias de prisão em regime fechado, além de mais de 6 mil dias-multa. Ele também teve seus bens bloqueados até o valor de R$ 36,59 milhões.
Gesana Rayane Silva foi condenada a 27 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão, além de mais de 2 mil dias-multa. Já Victor Augusto Veronez de Souza pegou 15 anos de prisão. Ambos também deverão cumprir pena em regime fechado e responderão solidariamente pelo ressarcimento às vítimas.
A Justiça também determinou a suspensão dos direitos políticos dos réus, expedição de mandados de prisão após o trânsito em julgado e o pagamento de uma indenização mínima de R$ 36,5 milhões aos investidores prejudicados.
As investigações apontaram que a Braiscompany movimentou mais de R$ 1 bilhão por meio de um esquema fraudulento de investimentos em criptoativos que nunca foram realizados de fato.
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