O mês de junho promete ser intenso — e especial — para o ator e criador de conteúdo Luís Augusto Brito. Natural de Serra Branca, no Cariri paraibano, ele se prepara para percorrer algumas das maiores festas juninas da Paraíba com um projeto multiplataforma que vai reunir vídeos para YouTube, Instagram, TikTok e Kwai, levando aos seguidores uma cobertura especial do São João com seu olhar bem-humorado e regional.
Entre os destinos já confirmados estão o São João de Serra Branca — sua cidade natal, o tradicional São João de Campina Grande, conhecido como o maior do mundo, e o São João de Monteiro, também entre os grandes polos da cultura junina no estado. “Ainda estou fechando a agenda completa, mas esses três são paradas obrigatórias. São festas que fazem parte da minha história e que merecem ser mostradas com o carinho que o povo nordestino tem por elas”, afirma.
O projeto é uma expansão de uma ideia que começou sem grandes pretensões. Luís gravou seu primeiro conteúdo junino em 2017, com o quadro “A Barraca do Beijo”, no YouTube. Depois de vídeos pontuais e adaptações durante a pandemia, foi em 2024 que ele estruturou a cobertura de festas juninas como uma série de episódios, explorando a riqueza cultural do São João com humor, afeto e identidade.
Das redes sociais para a tela da Globo e o cinema autoral
A consolidação de Luís Augusto Brito como nome em ascensão na cena cultural nordestina não se resume ao ambiente digital. Em março deste ano, ele integrou o elenco do telefilme “Jorge Quer Ser Repórter”, exibido na Tela Quente, da TV Globo. A produção, gravada em São João do Cariri (PB), foi dirigida por Lula Queiroga e Victor Germano, e teve roteiro vencedor do concurso promovido entre afiliadas da emissora. “Gravar esse telefilme em minha terra foi emocionante. Ver nossa cultura e sotaque ganhando espaço na tela da Globo é a realização de um sonho. É uma história sobre acreditar em si mesmo e nas próprias raízes”, diz o ator.
Além disso, Luís comemora seu primeiro papel principal no cinema com o longa “Ciclos”, dirigido por Luzildo Queiroz. No filme, ele interpreta Daniel, um jovem do interior em busca de recomeços. A produção, rodada no agreste paraibano, deve estrear em festivais ao longo de 2025. “Foi um mergulho intenso. ‘Ciclos’ me desafiou como ator — me levou para outras emoções, longe do humor que costumo fazer nos vídeos. É um filme feito com o coração e com o talento de muitos artistas nordestinos”, conta.
Entre quadrilhas e câmeras, o futuro em construção
A cobertura do São João 2025 é mais um passo na transição de Luís Augusto Brito do ambiente digital para a dramaturgia nacional, sem abrir mão de suas raízes. “Falar de São João é falar da nossa identidade. Levar isso para quem está longe, mostrar que o Nordeste é potência cultural, me enche de orgulho. E fazer isso em várias plataformas é uma forma de democratizar o conteúdo, de alcançar quem tá no celular, na televisão ou no cinema”, afirma.
Do palco das festas populares à tela grande dos festivais, Luís Augusto Brito mostra que é possível construir uma carreira artística diversa, afetiva e conectada com a sua origem. E se depender do talento e da energia do paraibano, a sanfona ainda vai tocar muito no ritmo das novas mídias.