O indicador de inadimplência divulgado nesta segunda-feira (17) pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) apontou que 68,76 milhões de brasileiros estavam inadimplentes em fevereiro deste ano.
Em comparação com o mesmo período no ano passado, o percentual cresceu 3,22%, atingindo 41,5% da população. O Centro-Oeste é a região com o maior percentual de pessoas negativadas, com 45,23%, enquanto o Sul registra o menor índice (37,05%).
Segundo o levantamento, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.650,21 na soma de todas as dívidas para 2,15 empresas credoras. Bancos aparecem como o setor com a maior parte das dívidas, com 66,5% do total. Na sequência, aparecem comércio (10%), o setor de água e luz (9,77%) e outros (8,07%).
O indicador também mostra que três em cada dez consumidores (30,32%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,93% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.
Inadimplência por faixa etária
De acordo com o dado, a faixa etária de 30 a 39 anos é a que concentra o maior número de devedores, com 17,05 milhões de inadimplentes. Em seguida, aparecem as pessoas de 40 a 49 anos (15,06 milhões), 50 a 64 (14 milhões) e 25 a 29 (8,76 milhões). A população com 85 anos ou mais é a que apresenta o menor número, com 405 mil inadimplentes.
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o cenário é preocupante e pode se agravar devido à elevação das taxas de juros.
“A inadimplência no Brasil tem apresentado um crescimento constante, com poucas oscilações, enquanto a recuperação de crédito segue em declínio. A situação é preocupante e tende a se agravar, já que as taxas de juros, que já estão elevadas, têm previsão de alta. Além disso, a inflação nos alimentos tem pressionado o orçamento das famílias, reduzindo sua capacidade de honrar compromissos financeiros”, destacou o presidente.
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