A greve dos motoristas de ônibus em João Pessoa chega hoje ao seu terceiro dia e a demora dos passageiros nas paradas continua. Ontem, a Semob informou que a frota de emergência chegou apenas a 48,1%, quando a Justiça do Trabalho determinou que 60% estivesse circulando. A opção para os usuários dos transportes tem sido os aplicativos, mas mesmo a modalidade por motocicleta tem apresentado preços acima do que normalmente é praticado.
Em meio aos caos causado pela greve, um coletivo quebrou nas imediações de Oitizeiro, o 5119, gerando revolta entre os passageiros. Há reclamações também de que coletivos que não estão lotados estão queimando a parada, ou seja, não têm parado para atender os usuários.
Às 14 horas de hoje está marcada uma audiência de instrução na Justiça do Trabalho para discutir o fim da greve dos motoristas de transporte coletivo em João Pessoa. É que uma audiência de conciliação realizada na segunda-feira (27), no Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-13), terminou sem acordo.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur) propôs um reajuste linear de 5% sobre salário, vale-alimentação e comissão, mantendo o plano de saúde dos trabalhadores. A proposta já havia sido aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte.
Já o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros e Cargas da Paraíba (Simtro/PB) apresentou uma contraproposta. A categoria reivindica um aumento linear de 6%, uma comissão “batedor” de R$150,00, um vale-alimentação de R$600 e a manutenção das demais cláusulas do acordo anterior.
