O Ministério das Relações Exteriores informou, neste sábado (24/5), que recebeu com “satisfação” a condenação de cinco torcedores do Valladolid, da Espanha, por ataques racistas a Vini Jr., atacante do Real Madrid.
O Ministério Pública da Espanha homologou, nesta semana, a sentença de condenação de um ano de prisão para os cinco torcedores responsáveis pelos ataques. O caso aconteceu em dezembro de 2022, durante uma partida da LaLiga.
“Essa decisão de primeira instância representa marco importante na luta contra o racismo e a discriminação racial, por constituir a primeira sentença condenatória proferida na Espanha a reconhecer, como crime de ódio, manifestações de violência racista em estádios de futebol”, disse o governo brasileiro por meio de nota.
Durante a partida da LaLiga, os torcedores chamaram Vini Jr. de “negro de merda” e imitaram um macaco. Para o Tribunal de Valladolid houve “clara intenção de humilhar e ferir a dignidade do jogador por óbvias razões racistas”. O caso foi julgado como crime de ódio.
O Itamaraty destacou a atuação do governo brasileiro em cooperação com a gestão da Espanha para combater atos e manifestações racistas. “O Brasil reitera seu firme compromisso com o combate a todas as formas de discriminação e com a promoção da igualdade racial, e considera a decisão um passo relevante nessa luta no ambiente esportivo.”
Vini Jr. é alvo recorrente de ataques racistas na Espanha. O último episódio aconteceu em fevereiro, quando dois torcedores “proferiram gritos e realizaram gestos de caráter xenófobo e racista dirigidos ao jogador” na partida contra a Real Sociedad, pela Copa do Rei.
