Em recente pesquisa da Ação Educativa e do Conhecimento Social, constatou-se que 29% dos brasileiros são analfabetos funcionais, isto é, nem conseguem compreender textos básicos nem fazer contas simples. Esse dado não melhora há 15 anos.
A situação é chocante. Daqueles que fizeram até o 5º ano do ensino fundamental, 78% são analfabetos funcionais. Ou seja, muitas escolas não alfabetizam o básico: ler e compreender textos simples. Dos que têm graduação, 12% são analfabetos funcionais.
A verdade é que o modelo de educação brasileira está falido! O atual modelo de ensino não funciona para a massa da população. Mesmo gastando-se, anualmente, bilhões de reais com ensino básico e superior, os resultados comprovam que o modelo não deu certo.
Existem inúmeros fatores que levam a esse estado de coisas. Alguns destaques: 1) Ideologia pedagógica destrutiva: Paulo Freire sonhava com uma educação revolucionária e anticapitalista e construtivistas retiraram a autoridade do professor para dar protagonismo ao aluno. Como uma educação sem autoridade do professor e sem se orientar pela verdade pode dar certo?
2) Corporativismo: sindicatos trabalham por interesses corporativistas e combatem metas e punições a escolas que não entregam resultados práticos e aferíveis em provas. Quer-se sempre mais recursos para entregar os mesmos resultados deploráveis.
3) Famílias e era digital: muitas famílias se “livram” da educação de seus filhos os lançando no mundo digital. O resultado tem sido filhos mal educados, sem nenhum respeito pelos pais e professores, agressivos, ansiosos e irritados. E a escola ainda não pode reprová-los. É um xeque-mate!
A boa educação é parte da mordomia cultural que Deus nos confiou. Ensinar é formar mentes e corações para a verdade, justiça e serviço ao próximo. Educação não pode ser militância ideológica ou instrumento de corporativismo para beneficiar alguns. Precisamos de uma reforma educacional – que abranja famílias e escolas – comprometida com a verdade e responsabilidade.