O projeto de anistia aos envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro, uma das principais bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não tem chance de avançar, avaliam interlocutores do governo Lula (PT) com o Judiciário, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
A avaliação dentro do Palácio do Planalto é que Bolsonaro e seus aliados estão usando o projeto como uma forma de ataque aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente Alexandre de Moraes.
Atualmente, membros do governo não veem apoio suficiente no Congresso Nacional para aprovar a anistia aos envolvidos nos ataques em Brasília. No entanto, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou o contrário e anunciou que pedirá urgência na votação do projeto na próxima reunião de líderes da Câmara.
Auxiliares de Lula, ligados à área jurídica, garantem que, caso o projeto seja aprovado, o presidente vetará a proposta. Se o Congresso derrubar o veto, a expectativa dentro do governo é que o PT ou outro partido aliado acione o STF, que colocará fim ao perdão aos crimes dos envolvidos no 8 de janeiro.
De acordo com líderes do Centrão, essa é a mesma leitura que vem sendo feita dentro do bloco. Para eles, Bolsonaro está usando a anistia como uma ferramenta para pressionar o Supremo e o governo, já que há um forte risco de o projeto não resultar na liberdade dos condenados.
A discussão ocorre uma semana antes do julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF analisará na próxima terça-feira a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outras sete pessoas.
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