E se os governantes fossem mais sinceros, eficientes e, sobretudo, honestos? E se o “cara” fosse mais sensato e o sistema menos personalista? E se fôssemos menos preocupados com relações e mais preocupados com a ética? E se em vez de discutir e calcular simpatias e intrigas, medíssemos projetos e valores?
E se e Papai Noel existisse? E se você fosse negro, gay, judeu e de “direita”? Ou uma loura gostosa? E se Trump comprasse os Estados Unidos ou o capitalismo? E se não houvesse mulatos, morenos, pardos, cabo-verdianos, mamelucos, cafuzos, curibocas, mestiços, morenos puxados, roxinhos, neguinhos, brancos baianos e escurinhos no cenário das peles nacionais? E se não tivéssemos escravidão? E se não existisse o “mais ou menos”?
Há vários ‘e se…?’ que passam pelas nossas mentes todos os dias Foto: Robert /Adobe Stock
E se legalizássemos o jogo do bicho e a corrupção? E se não existissem doenças incuráveis? E se os políticos trocassem “soluções” por projetos para o Brasil? E se não tivéssemos carnaval e procissões?
E se Gilberto Freyre tivesse estudado na USP e o Florestan Fernandes fosse pernambucano? E se acabássemos com o sucesso? E se o pau que bate em Chico também batesse em Francisco? E se a Lava Jato que vale para Collor valesse para todos? E se o mar virasse sertão? E se você fosse a pessoa mais famosa do Brasil?
E se não houvesse drogas? E se você ganhasse na Mega Sena? E se você fosse indígena? E se os operários do mundo se unissem? E se você soubesse o dia de sua morte? E se Pedro Álvares Cabral tivesse descoberto a Flórida? E se os bichos falassem?
E se Machado de Assis fosse alto, branco e rico? E se d. João VI não tivesse fugido para o Brasil? E se tivéssemos comido o Pão de Açúcar com manteiga e café com leite? E se deixássemos de mentir? E se os espíritos se manifestassem?
E se não tivesse havido a ditadura militar? E se o golpe planejado tivesse acontecido? E se você tivesse ido a Pasárgada? E se não falássemos a mesma língua? E se você fosse um deficiente físico? E se não existissem poesia, flores, sol e guerra? E se o Lima Barreto aparecesse no programa do Huck? E se não existisse esse humano “se”?
Respondendo à metade, você vira “filósofo”. Deixando todas as questões sem nenhuma resposta, você continua “anormal”.
Agora, se você jamais pensou em nenhuma dessas questões, és – como diria Rudyard Kipling – um imbecil, meu filho!