A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, fez um pedido de desculpas nesta segunda-feira (24) em nome do governo federal às vítimas da ditadura militar que foram enterradas na vala clandestina de Perus, em São Paulo.
O pedido engloba a “negligência da União na condução dos trabalhos de identificação dos remanescentes ósseos” que estavam na vala. Cerca de 1.050 corpos foram enterrados no local entre 1964 e 1985.
A ação é fruto de um acordo do Ministério Público Federal (MPF), familiares de vítimas e a própria União.
Durante discurso, a ministra também elencou fatos históricos da ditadura como a anistia e traçou um paralelo com o atual projeto que corre pelo Congresso Nacional aos participantes dos atos de dia 8 de janeiro.
“Nós lutamos tanto antes pela anistia, mas hoje gritamos sem anistia porque, agora, são as pessoas que queriam reinstalar a ditadura que estamos denunciando hoje”, explicou Macaé.
Macaé também disse que o pedido de desculpas faz parte do retorno das ações do Ministério após a pasta “ter sido desconstruída no governo anterior”.
Cerca de R$ 200 mil são investidos anualmente para intensificar a identificação e responsabilização das vítimas que foram enterradas em Perus.