Se alguém me perguntar quando minha vida se tornou mais interessante, eu tenho a resposta na ponta da língua: foi quando comecei a me interessar mais por mim. A jornada de autodescoberta é um caminho de surpresas, e foi nesse momento que percebi o quão valiosa é a conexão que podemos estabelecer conosco mesmos. Tornei-me mais gentil comigo, deixando de lado as críticas que tantas vezes ecoavam em minha mente.
Aprendi a não dar espaço ao que não tem importância. As preocupações cotidianas e os dramas alheios perderam o sentido diante da necessidade de respeitar o que realmente importa: meus sentimentos, meus sonhos e minhas paixões. Cada pequeno detalhe da minha vida começou a ganhar significado quando decidi priorizar o que realmente ressoava em meu coração.
Foi um processo gradual, mas libertador. Ao querer me conhecer melhor, parei de correr em direção a um futuro incerto, aprendendo a desacelerar e apreciar o presente. A pressa se desfez como névoa ao amanhecer, e eu passei a valorizar os momentos simples, aqueles que muitas vezes passam despercebidos na correria do dia a dia. A música das coisas mais simples começou a tocar em meu coração, harmonias suaves e delicadas que antes estavam sob o peso da rotina.
Quando comecei a não querer entender tudo, percebi que havia beleza em simplesmente sentir. Abrir meu coração para apreciar outras imagens me trouxeram uma paz inesperada, uma leveza que transformou meu olhar sobre o mundo. Ao invés de buscar respostas para perguntas sem fim, passei a valorizar as experiências vividas e as emoções sentidas. E nada mais.
Busquei conforto em estar na minha própria companhia. Tem coisa melhor? Tem gente não consegue ficar sozinha. Aprendi a desfrutar dos momentos de solitude, descobrindo um universo inteiro dentro de mim. O silêncio se tornou um aliado poderoso, permitindo-me ouvir os sons da minha alma e as canções do meu ser.
Nesse caminho de descobertas, compreendi que a vida é uma sinfonia que toca no interior e no exterior de mim. E ao nutrir meu amor próprio, cada dia se torna uma nova oportunidade de explorar essa fascinante coisa chamada vida. Afinal, quando começamos a nos interessar por nós mesmos, tudo ao nosso redor ganha cores e significados. Eu sou Antônia.
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