A deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que intime o vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), a esclarecer “as medidas já adotadas e as ações futuras da prefeitura para efetivar políticas públicas voltadas a pessoas em situação de rua”. As informações são da apuração da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
O pedido surgiu após o vice de Ricardo Nunes culpar o padre Júlio Lancellotti pelo surgimento de uma “nova Cracolândia” no bairro do Belenzinho. Em resposta a uma postagem de um internauta, o coronel afirmou que o pároco presta “um desserviço”.
Diante das declarações de Araújo, a parlamentar do PSOL encaminhou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF 976, que reconheceu os direitos humanos das pessoas em situação de rua e determinou, de forma liminar, que estados e municípios sigam as diretrizes da Política Nacional para esse público.
“Se o vice-prefeito atribui a responsabilidade pelo aumento da população em situação de rua ao padre Júlio Lancellotti, ele deve explicar o que a administração municipal está fazendo por essas pessoas”, argumenta Luciene Cavalcante ao justificar o pedido de esclarecimentos ao STF.
Para a deputada, ao atacar o trabalho de Lancellotti, a gestão municipal deixa de prestar contas sobre as ações voltadas à população mais vulnerável de São Paulo. Segundo Cavalcante, “é fundamental que fique claro quais políticas têm sido implementadas e quais serão adotadas no futuro”.
Até o momento, nem o vice-prefeito Ricardo Mello Araújo nem a prefeitura de São Paulo se pronunciaram oficialmente sobre a solicitação de Luciene Cavalcante. A expectativa é que, com a intimação do STF, novas informações sejam apresentadas para detalhar as iniciativas em curso e as medidas planejadas para atender a essa população.
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