Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aguardam para antes do carnaval a apresentação da denúncia no inquérito sobre a tentativa de golpe. No Supremo Tribunal Federal (STF), a expectativa é de que a acusação seja formalizada nos próximos dias, conforme informações do blog da Andréia Sadi, do G1.
Bolsonaro é alvo de várias investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito, que apura ações para impedir a continuidade do governo de Lula (PT), eleito em 2022.
A intenção é julgar Bolsonaro até o fim deste ano. Segundo interlocutores do procurador-geral da República, Paulo Gonet, o desmembramento da denúncia permitiria individualizar a conduta de cada envolvido, separando-os por núcleos de atuação.
A estratégia de fatiar as acusações busca acelerar a tramitação no STF, facilitando a condução do processo, que será analisado pela Primeira Turma da Corte após a liberação do ministro Alexandre de Moraes.
No círculo de Bolsonaro, mesmo que ele seja condenado e preso ao fim do julgamento, já há discussões sobre repetir o movimento feito com Lula, mobilizando apoiadores em resposta à prisão. A estratégia do ex-capitão tem sido prolongar ao máximo a incerteza sobre sua candidatura, mantendo a direita sem um nome definido como sucessor.
Além da denúncia iminente, advogados aguardam o resultado da análise do material apreendido durante a prisão de Braga Netto. A atenção está voltada especialmente para os itens encontrados com o coronel da reserva do Exército, Flávio Peregrino, ex-assessor de Braga Netto, que foi alvo apenas de busca e apreensão.
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