O Conselho Nacional Eleitoral do Equador confirmou a reeleição de Daniel Noboa nas eleições presidenciais realizadas neste domingo (13), após a apuração de mais de 90% das urnas.
O atual presidente, do partido Ação Democrática Nacional (alinhado à extrema-direita), derrotou novamente Luisa González, da Revolução Cidadã (esquerda), repetindo o cenário do segundo turno de 2023. Com 92,65% das urnas apuradas, Noboa registrava 55,86% dos votos, enquanto sua adversária somava 44,14%.
Na véspera da votação, Noboa decretou estado de exceção em sete das 24 províncias do país. A medida, que restringiu direitos civis e ampliou a atuação das Forças Armadas nas ruas, foi criticada por analistas e opositores como uma tentativa de intimidação eleitoral.
O decreto, que tem validade de 60 dias, justificou a ação com base no “aumento da violência, da criminalidade e da intensidade de atos ilícitos cometidos por grupos armados organizados”. Entre as medidas estavam a suspensão da inviolabilidade do domicílio, da liberdade de reunião e a imposição de toque de recolher noturno em províncias como Guayas, Los Ríos e Sucumbíos.
A resposta popular foi imediata. Milhares de cidadãos foram às ruas em diversas cidades para protestar contra o estado de exceção e demonstrar apoio à candidata correísta.
Os protestos se intensificaram ao longo do domingo e foram comparados, por alguns observadores, a um possível ensaio autoritário semelhante ao temido no Brasil em 2022, à época do segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT)
#ULTIMAHORA
🚨 ADIÓS al Trumpista nacido en Miami @DanielNoboaOkAsí fue el lleno, con miles y miles de patriotas, de la próxima PresidentA de Ecuador @LuisaGonzalezEc en Guayaquil… pic.twitter.com/xNT4VknVCZ
— La Catrina Norteña (@catrina_nortena) April 12, 2025
Assinada por partidos de esquerda e movimentos progressistas, a declaração apontou que ações tomadas na véspera do pleito comprometeram a igualdade de condições entre os candidatos e colocaram em risco a transparência da eleição.
“Durante todo o processo eleitoral, fomos testemunhas do papel vergonhoso desempenhado pelo Conselho Nacional Eleitoral – CNE. […] Nada disso foi cumprido”, afirmam os signatários no comunicado.
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