Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, afirmou que o governo americano estuda pausar a aplicação de tarifas contra outros países por 90 dias, mantendo apenas a medida contra a China no período.
Ele ainda disse que o governo quer buscar “grandes acordos” com parceiros comerciais, mas que Trump está “dobrando a aposta em algo que ele sabe que funciona”. Pouco depois, no entanto, a Casa Branca negou a informação.
O governo americano chamou a informação de “notícia falsa” e Trump afirmou, em publicação na Truth Social, sua própria rede social, que não é “fraco” e nem “estúpido”. “Os Estados Unidos têm uma chance de fazer algo que deveria ter sido feito décadas atrás”, escreveu.
Trump diz que já conversou com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, sobre as tarifas e que tem feito negociações com representantes de outros países. O republicano diz que as medidas são “justas”, apesar de “duras”. “Tudo tem que mudar, mas especialmente com a China”, completou.
O tarifaço de Trump tem gerado derretimento nas bolsas de valores por todo o mundo. No próprio país, os principais índices têm registrado fortes recuos, como Dow Jones (-2,58%), S&P 500 (-2,77%) e Nasdaq (-2,80%). O VIX, conhecido como “termômetro do medo” de Wall Street, disparou e chegou a níveis só vistos durante a crise de 2008 e da pandemia de Covid-19.
O mesmo efeito foi visto nas bolsas asiáticas, como a de Hong Kong, que teve 13,22% de queda, a maior desde 1997, e na Europa, como a de Milão, que sofreu um recuo de 6,18%.
O derretimento é causado por temor de uma guerra comercial generalizada. Na sexta (4), a China já afirmou que vai impor uma taxa de 34% sobre produtos americanos, mesmo percentual aplicado por Trump para os itens do país. Espera-se que a União Europeia também anuncie medidas semelhantes ainda esta semana.
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