Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, empresa líder global no setor de serviços financeiros, pediu uma “solução rápida” para as consequências e incertezas geradas pelo tarifaço de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Em carta anual enviada a investidores, ele cita o risco de queda na atividade econômica.
“As tarifas recentes vão provavelmente aumentar a inflação e estão levando muitos a considerar uma possibilidade maior de recessão”, afirmou Dimon. Ele, que comanda o JP Morgan há duas décadas, tem demonstrado preocupação com as medidas do republicano.
O tarifaço de Trump e a reação de países têm gerado um derretimento nas bolsas de valores na Ásia, Europa, Brasil e até nos Estados Unidos. A China já anunciou que vai retaliar a medida e há expectativa de que a União Europeia faça o mesmo nos próximos dias.
Para Dimon, a “fragmentação econômica provocada pelo tarifaço pode ser desastrosa no longo prazo” e levar os países afetados a buscarem maior alinhamento com China e Rússia. “A economia é a cola de longo prazo. ‘América Primeiro’ é ok, contanto que não implique na América sozinha”, prossegue.
Ele acredita que “certamente a economia vai desacelerar” por conta das incertezas. Dimon questiona quais serão as retaliações de outros países e os efeitos das medidas em investimentos, nos lucros das empresas e no dólar.
“Quanto mais rápido isso for resolvido melhor porque os efeitos negativos vão se acumulando no tempo e depois será difícil de resolver”, diz a carta.
As bolsas globais já perderam US$ 9,5 trilhões em três dias após o anúncio de Trump. Na Ásia, por exemplo, onde os mercados já fecharam, a de Hong Kong despencou 13,22%, enquanto na Europa, os principais índices apresentavam uma queda de mais de 4%.
Conheça as redes sociais do DCM:
Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line