Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) disse ser contra a anistia dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta segunda-feira (16), ele apontou que houve exageros nas penas dos condenados, mas que é preciso colocar ordem.
“Eu fui à tribuna e disse: quem foi anistiado em 1979 foi quem estava lutando pela democracia, contra os atos de ditadura da década de 60. Agora não. Como se pode tratar sobre anistiar quem está querendo que a democracia seja golpeada?”, argumentou o senador na Arapuan FM, como verificou o ClickPB.
Ainda segundo Veneziano, “se você quiser discutir as exacerbações, em alguns casos, da dosimetria das penas, eu acho que há alguns exageros. Eu não sei quais instrumentos para fazer essa revisão. Agora desconhecer, não. Porque se a gente não colocar em ordem os nossos regramentos jurídicos todo mundo vai se sentir à vontade para se levantar contra as nossas instituições, seja de um lado ou de outro.”
INSS
Veneziano também comentou sobre a fraude no INSS com descontos indevidos nos vencimentos de aposentados e pensionistas. Ele é a favor da CPI do INSS no Congresso e argumentou que a fraude começou antes do governo Lula, mesmo vindo à tona na gestão do atual presidente.
“Foi descoberto no período do atual governo. É fato. Mas é porque começou antes e isso foi ganhando um volume e uma ação por parte dessa ‘bandidagem’ de algumas dessas entidades, claro que nem todas e a sua maioria não pode ser tratada assim, mas aqueles que agiram como bandidos, como instituições e associações que se organizavam dolosamente para afanar os recursos já tão limitados dos aposentados, precisam ter a identificação e as suas punições”, disse o senador.
“Eu não me oponho. Acho que a CPI apenas ela referendará, trará, possível ou não, fatos ou identificações de alguma coisa que a Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU) ou Advocacia-Geral da União já possam ter feito”, acrescentou.
ClickPB