Pilotos e comissários de bordo aprovaram o acordo coletivo e não haverá greve na aviação brasileira. A informação foi confirmada neste domingo (28) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A decisão garante a normalidade dos voos no país e afasta o risco de paralisações que poderiam começar a partir de 1º de janeiro.
Em publicação nas redes sociais, o ministro anunciou que o entendimento entre trabalhadores e empresas foi firmado com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), assegurando a continuidade das operações e a segurança dos passageiros.
“URGENTE: Não haverá greve na aviação no Brasil. Acordo firmado entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas e as empresas aéreas, com mediação do TST, garante a normalidade dos voos e segurança aos passageiros. Fortalecendo ainda mais o turismo de negócios e de lazer”, escreveu Silvio Costa no X, antigo Twitter.
O Ministério de Portos e Aeroportos também divulgou a informação em seu site oficial, informando que foi aprovada a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos aeronautas para o período de 2025/2026.
As negociações envolveram representantes dos trabalhadores e das empresas aéreas e contaram com acompanhamento do próprio Ministério e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com o MPor, o diálogo ocorreu de forma responsável e colaborativa, resultando em ajustes considerados relevantes para as demandas da categoria e trazendo mais segurança jurídica e estabilidade ao setor.
Ainda segundo o Ministério, a aprovação da convenção ocorre em um momento de crescimento da aviação brasileira e reforça a importância da negociação coletiva como instrumento para o desenvolvimento sustentável do setor. O órgão destacou o compromisso das partes em buscar uma solução equilibrada diante do cenário atual.
A decisão dos aeronautas foi tomada após votação realizada no fim de semana, quando a maioria aprovou a proposta de renovação da convenção. Antes disso, a categoria havia rejeitado de forma apertada uma proposta anterior das empresas, o que levou o Sindicato Nacional dos Aeronautas a declarar estado de greve e manter a possibilidade de paralisação.
Entre as pautas defendidas pelos trabalhadores estavam recomposição salarial, reajuste no vale-alimentação, melhorias relacionadas à previdência privada, mudanças em diárias internacionais, pagamento da hora noturna e medidas de combate à fadiga, associadas à saúde dos tripulantes e à segurança operacional.
Com a mediação do TST, foi apresentada uma contraproposta que acabou sendo submetida à votação on-line e aprovada pela maioria dos aeronautas. Diante do resultado, a assembleia que poderia deflagrar a greve foi cancelada. A negociação envolveu as companhias Azul e Gol, já que os funcionários da Latam haviam fechado acordo coletivo anteriormente e não estavam incluídos no risco de paralisação.
PB Agora


