Em meio às discussões sobre mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que haverá alterações nas taxas cobradas por operadoras de cartões de vale-alimentação (VA) e vale-refeição (VR). A medida é uma demanda do setor de supermercados e restaurantes e compõe a ofensiva do governo contra a inflação de alimentos.
“As taxas estão bastante elevadas, isso é uma constatação. Portanto, vai haver, sim, mudanças de taxas aqui”, garantiu o ministro, mas sem detalhá-las.
Marinho também afastou os rumores de que as mudanças seriam anunciadas nesta quinta-feira (1º/5), por ocasião das comemorações do Dia do Trabalhador. De acordo com o titular da pasta, a decisão pode ser tomada no próximo mês, a depender da evolução das discussões.
“Não tem decreto amanhã, não tem medidas drásticas que vão ser surpresa para muita gente. Tudo o governo Lula discute, envolve setores, com maturidade, tranquilidade e serenidade”, ressaltou. “Temos de encaminhar decisões. Ela está perto de ser feita, pode ser durante o mês de maio, se a gente chegar nessa conclusão”, frisou.
O governo também avalia reduzir o prazo para que os estabelecimentos recebam os valores das vendas feitas por meio da modalidade. Atualmente, o período é de 30 dias.
Ainda segundo o ministro, algumas ideias que “praticamente destruíam” o PAT foram descartadas. Como mostrou o Metrópoles, o governo estudava a substituição do VA e do VR por repasse via Pix ao trabalhador.
