O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (03) que o Ministério da Fazenda tenha cometido “erro” ao anunciar, na última semana, um pacote de mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) a fim de elevar a arrecadação.
O presidente Lula afirmou que, na sua avaliação, a área econômica não errou ao anunciar uma alta no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em maio – e, em seguida, ser forçado a recuar pela reação negativa do mercado e do Congresso.
“O Fernando] Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que ele elaborou na Fazenda. Se houve uma reação de que há outra possibilidade, nós estamos discutindo essa possibilidade”, disse Lula.
O presidente confirmou que se reunirá com os envolvidos no debate no início da tarde, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “para a gente saber se o acordo está feito ou não”.
“Eu sou favorável que não tenha segredo. Antes de qualquer medida que a gente mande para o Congresso Nacional, nós temos que reunir aqui as pessoas que são parceiras nisso. O presidente do Senado, da Câmara, os líderes dos partidos”, afirmou.
As medidas são mantidas em sigilo pela equipe econômica, mas já foram apresentadas aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). E podem ser divulgadas ainda nesta terça se tiverem o aval de Lula.
O chefe do Executivo comentou sobre a ampliação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e afirmou que o Ministério da Fazenda está fazendo um “esforço para dar tranquilidade ao povo brasileiro”. “Economia não tem mágica, a gente não inventa as coisas”, frisou.
O presidente ainda defendeu que Haddad “em momento algum” se recusou a rediscutir as medidas.
O assunto gerou repercussão negativa. O Congresso Nacional deu um prazo de 10 dias para o governo federal apresentar alguma alternativa ao decreto que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Redação