A Polícia Federal (PF) concluiu, em laudo pericial protocolado nesta quarta-feira (17/12), que houve tentativa de violação da tornozeleira eletrônica utilizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que os danos no material apresentam “características de execução grosseira, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”.
Segundo os peritos, o equipamento apresentou danos compatíveis com o uso de calor concentrado, método associado a instrumentos como ferro de solda, além da presença de resíduos metálicos na área afetada.
O documento aponta que esse tipo de intervenção é suficiente para acionar sensores de integridade e gerar alerta no sistema oficial de monitoramento. A tornozeleira era utilizada pelo ex-presidente, que admitiu ter usado uma solda no aparelho.
“Destaca-se que os danos no material questionado apresentam características de execução grosseira, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”, diz o laudo.
Os peritos ainda descrevem que a “interação física entre um objeto e uma ferramenta ou instrumento pode resultar na aderência, impregnação ou transferência de partículas microscópicas entre os materiais”.
“O aspecto físico e as análises realizadas na área danificada sugerem que na tornozeleira eletrônica foi empregada uma fonte de calor concentrado com ferro em sua composição. Testes realizados com ferro de solda na superfície do material questionado exibiram aspectos compatíveis com os danos verificados. Não foram feitos testes adicionais com outros tipos de ferramentas”, escreveu a perícia da PF.
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