O Ministério da Agricultura atualizou na última sexta-feira (23) a lista de países que suspenderam a importação de carne de frango brasileira após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul, no último dia 15.
Com a nova atualização, Albânia, Namíbia e Índia se somam aos países que impuseram bloqueio total à carne de frango do Brasil. Embora esses países não estejam entre os maiores compradores, a ampliação das restrições acende um sinal de alerta para o setor.
Angola, por sua vez, adotou um bloqueio parcial, restringindo as importações apenas aos produtos provenientes do estado do Rio Grande do Sul.
As restrições são variadas: alguns países suspenderam a compra da carne de todo o Brasil, enquanto outros limitaram as restrições apenas ao estado afetado ou até mesmo à cidade onde foi registrado o foco da doença.
Países e blocos com restrição total à carne de frango do Brasil:
- Albânia
- África do Sul
- Argentina
- Bolívia
- Canadá
- Chile
- China
- Filipinas
- Índia
- Iraque
- Jordânia
- Malásia
- Marrocos
- México
- Namíbia
- Paquistão
- Peru
- República Dominicana
- Sri Lanka
- Timor-Leste
- União Europeia
- Uruguai
Países com restrição parcial, apenas ao frango do Rio Grande do Sul:
- Angola
- Bahrein
- Bósnia e Herzegovina
- Cazaquistão
- Cuba
- Macedônia
- Montenegro
- Reino Unido
- Tajiquistão
- Ucrânia
- União Eurasiática (Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão — exceto Cazaquistão)
- Arábia Saudita
- Coreia do Sul
Países com restrição localizada apenas a Montenegro (RS):
- Emirados Árabes Unidos
- Japão
Apesar do impacto na imagem sanitária do país, o Ministério da Agricultura ressalta que Montenegro — município onde foi registrado o foco da gripe aviária — não possui unidades exportadoras, o que reduz os efeitos diretos nas exportações.
Contudo, o governo segue em alerta e monitora a situação, adotando medidas de controle e vigilância para evitar a disseminação do vírus para outras granjas comerciais no país.
O temor do setor é que, caso ocorram novos registros da doença, outros mercados adotem restrições mais amplas, o que pode gerar impactos econômicos significativos para o Brasil, que é o maior exportador mundial de carne de frango.
PB Agora