O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira, 22, que tem “absoluta confiança” no ministro Alexandre de Moraes ao comentar o caso que envolve suspeita de atuação do magistrado em favor do Banco Master.
Segundo Gilmar, a intervenção do Banco Central (BC) e as prisões realizadas no curso da investigação reforçam que o sistema de controle funcionou. O Banco Master foi liquidado pelo BC em 18 de novembro, no contexto de um inquérito que apura fraudes bilionárias no mercado de crédito.

O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, defendeu o colega Alexandre de Moraes e disse não ver irregularidades no caso do Banco Master. Foto: Antonio Augusto/STF
“Eu tenho absoluta confiança em relação ao ministro Alexandre de Moraes. E não vejo nenhum problema. O Banco Master é um sinal de que as instituições estão funcionando. O Banco Central fez a intervenção. Houve a investigação, prisão das pessoas. Portanto, a mim parece que é um sinal de que as instituições estão funcionando”, afirmou o decano.
O tema ganhou força após a revelação de que Moraes procurou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para tratar do caso do Master. A informação foi publicada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Até o momento, nem Galípolo, nem Moraes negaram oficialmente a existência das conversas.
Questionado também sobre a viagem do ministro Dias Toffoli ao Peru, em voo com o advogado Augusto de Arruda Botelho — que integra a defesa de um ex-diretor do Banco Master —, Gilmar minimizou as críticas e disse não ver irregularidade.
“Eu, em si mesmo, não vejo (problema). Nada… Duvido que esse advogado tenha falado alguma coisa que não tenha sido sobre futebol.”
O episódio ganhou contornos ainda mais sensíveis porque Dias Toffoli é o relator do caso no Supremo Tribunal Federal. O ministro avocou o processo para a Corte e decretou sigilo total do inquérito dias após a viagem com o advogado Augusto de Arruda Botelho.


