O afastamento do padre Júlio Lancellotti das redes sociais e das transmissões de missas, por orientação da Arquidiocese de São Paulo, foi criticado em um milhão de publicações no X, segundo um levantamento da Nexus obtido pela Coluna do Estadão. A análise considerou publicações na terça-feira, 16 e na quarta-feira, 17, poucos dias depois que o padre comunicou a decisão durante uma missa.
De acordo com a pesquisa, os termos “devolvam padre Júlio” e “repressão nunca mais” foram as expressões mais usadas na rede social sobre o tema. O nome “Júlio” foi citado 1,3 milhão de vezes ao todo no X.
O padre comunicou no domingo, 14, que as missas não seriam mais transmitidas. “Hoje é a última vez que a missa está sendo transmitida. Até que haja ordem em contrário, a partir do domingo que vem, a missa será só presencial. Assim como teve a primeira vez em que ela foi transmitida, hoje, no terceiro domingo do advento, está sendo a última vez”.
Questionado sobre o pedido da Arquidiocese, Lancellotti disse: “Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”. O padre é conhecido pelo trabalho que faz há mais de 40 anos junto à população em situação de rua na capital paulista.
Em 2022, o Congresso aprovou uma lei com o nome do religioso que proíbe intervenções hostis contra pessoas em situação de rua em espaços públicos.

Padre Julio Lancellotti Foto: Felipe Rau/Estadão


