O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não reconhece nenhum nome como sucessor natural para a eleição presidencial de 2026 e garantiu que pretende disputar o cargo, apesar de estar inelegível. Ele reafirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que “vai até o último momento” em busca de recuperar sua elegibilidade, assegurando que o “plano B” é ele próprio.
“Eu tenho plano B, Bolsonaro, tá?”, declarou o ex-presidente ao mencionar sua insistência em concorrer ao Palácio do Planalto. Ele acrescentou que não enxerga motivos legais para a perda de seus direitos políticos, afirmando que “não há cabimento” nas condenações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por reuniões com embaixadores e uso da estrutura do 7 de Setembro.
Questionado sobre possíveis alternativas dentro do campo da direita, Bolsonaro elogiou governadores que poderiam assumir uma liderança política nacional, mas ressaltou que não endossa nenhum sucessor. “Tarcísio é uma excelente pessoa, fenomenal gestor e um muito bom, bom, não vou falar excepcional. Assim como tem outros nomes pelo Brasil”, afirmou.
Apesar de ver Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como um político de destaque, o ex-presidente não o descreve como herdeiro de seu capital eleitoral. Bolsonaro também citou o governador Romeu Zema (Novo-MG) e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), destacando que “há muita gente boa” para concorrer ao Planalto, mas sem conceder apoio oficial.
O ex-presidente ainda declarou que, mesmo se mantida a situação de inelegibilidade, vai registrar sua candidatura no TSE em 2026. “Eu vou até o último momento buscar pela minha possibilidade de disputar a eleição”, insistiu, comparando o ato de se inscrever ao que Luiz Inácio Lula da Silva fez em 2018, mas pedindo para não ser equiparado ao petista.
Durante a entrevista à Folha de S. Paulo, Bolsonaro apontou que foi julgado por um “tribunal político”, relembrando as ações do TSE que o tornaram inelegível. Ele se diz confiante em reverter a decisão e, enquanto isso, segue sem indicar um sucessor definido no campo da direita, mantendo sua pretensão de voltar à corrida presidencial em 2026.