O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste sábado (29) que manterá sua candidatura à presidência, mesmo diante do veto da Justiça. Durante uma reunião, Morales declarou que “não tem um plano B” e que será candidato pela Frente para a Vitória (FPV), enquanto avança na criação do movimento que pretende liderar.
“O candidato único sou eu,” disse o líder indígena a seus apoiadores em um comício lotado em Villa Tunari, reduto político de Morales no departamento de Cochabamba, no centro da Bolívia. O ex-presidente explicou que, após se afastar do Movimento Ao Socialismo (MAS), partido que comandou por 26 anos e agora liderado por seu rival político Luis Arce, ele pretende concorrer com uma “sigla emprestada”.
Há mais de um ano, o tribunal constitucional determinou que Morales não poderia se candidatar à presidência novamente, após cumprir dois mandatos consecutivos entre 2006 e 2019 — uma limitação que ele próprio havia estabelecido por meio de uma reforma legal.
Apesar do impasse jurídico, o dirigente cocaleiro não revelou sua estratégia para viabilizar a candidatura, mas continua sendo a principal figura da esquerda boliviana, determinado a enfrentar o longo processo de legitimização.
“Aqui, irmãs e irmãos, vamos criar outro nome, o verdadeiro nome do instrumento político,” afirmou Morales durante o comício. Ele antecipou que o anúncio do nome de seu novo movimento político será feito até a próxima segunda-feira.
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