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Aprender no ambiente de trabalho virou mais uma tarefa da agenda corporativa, sem conexão com o propósito profissional. Apesar de ter investimento financeiro, diversos programas de capacitação não conseguem virar resultados práticos no dia a dia dos trabalhadores.
Em vez de fomentar a autonomia e o desenvolvimento, muitas trilhas de aprendizado acabam apenas acumulando certificados sem gerar mudança, avalia Mariana Achutti, CEO da Newnew, empresa de aprendizagem corporativa.
Segundo ela, ainda que as empresas invistam tempo e dinheiro, os profissionais continuam desmotivados porque o conteúdo não tem “utilidade direta no trabalho”.
Achutti acrescenta que o que faz um profissional se engajar em um projeto de é saber que aquilo será aplicado no dia a dia. “Não adianta ser só teórico ou conceitual, precisa resolver problemas reais”, reforça.
Uma pesquisa realizada pela Newnew mapeou os principais desafios da educação corporativa no Brasil.
A amostragem da pesquisa é pequena, com 118 respostas quantitativas e 7 entrevistas qualitativas em profundidade, mas o recorte ajuda a entender um assunto recorrente no mercado: 60% dos profissionais disseram não conseguir aplicar o que aprendem na rotina de trabalho.
Os motivos aparecem ao longo do estudo. Muitos participantes relataram que os conteúdos são genéricos, obsoletos ou distantes da realidade da equipe.
Há também obstáculos estruturais: falta de tempo, excesso de tarefas e um ambiente repleto de distrações digitais que prejudicam a concentração.
Estamos diante de uma crise silenciosa da aprendizagem. As empresas oferecem conteúdo, mas esquecem de escutar quem realmente precisa aprender.
Mariana Achutti, CEO da Newnew
Dados apontam desconexão entre estudo e prática
Entre as soluções, o relatório aponta para a necessidade de “quebrar o ciclo de treinamentos que não geram resultados reais” por meio da reinvenção dos formatos.
Confira alguns dados:
- 59% dos entrevistados preferem aprender resolvendo problemas reais em vez de assistir a treinamentos formais.
- 72% preferem conteúdos curtos e diretos, como vídeos rápidos e pílulas de conhecimento.
- Apenas 26% consideram que treinamentos ideais devem durar até 8 horas.
- 69,3% já usam plataformas online, mas criticam o conteúdo como desatualizado ou irrelevante.
- Apenas 15% dos gestores ajudaram colaboradores a traçar um plano de carreira nos últimos 6 meses.
- 40% dos profissionais preferem trilhas de desenvolvimento personalizadas.

De acordo com a pesquisa, 57% dos respondentes sentem necessidade de aprender, mas relatam frustração com a falta de aplicação prática. Foto: Fizkes/Adobe Stock
Segundo o estudo, uma das alternativas é redesenhar o aprendizado para que se integre ao fluxo de trabalho. Por exemplo, “sair de formatos conteudistas para experiências de aprendizado que sejam imersivas, aplicáveis, personalizadas e conectadas aos desafios cotidianos”.
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