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    Lar»Brasil»‘Antes os chineses estendiam tapete bege, agora é tapete vermelho’, diz dono da marca Mondial
    Brasil

    ‘Antes os chineses estendiam tapete bege, agora é tapete vermelho’, diz dono da marca Mondial

    adminPor admin1 de maio de 2025Nenhum comentário10 minutos de leitura9 Visualizações
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    Foto: ALEX SILVA

    Giovanni Marins CardosoCofundador do Grupo MK, dono das marca Mondial e Aiwa

    O empresário Giovanni Marins Cardoso, cofundador do Grupo MK, dono das marcas Mondial, líder em eletroportáteis no Brasil, e Aiwa, voltou há duas semanas de sua 36ª viagem à China. Foi a primeira depois do tarifaço decretado pelo governo dos Estados Unidos Donald Trump que impôs tarifas superiores a 100% aos produtos chineses.

    “Fui para lá com uma sensação e voltei com outra”, contou ao Estadão. O empresário, que desde 2005 tem escritórios na China e visita regularmente duas vezes por ano o país, disse que achou que encontraria um clima mais nervoso entre empresariado local por conta das barreiras tarifarias impostas. No entanto, exceto em casos pontuais, a maioria dos interlocutores da indústria de portáteis e eletrônicos estava tranquila.

    A razão da calmaria se deve, na análise de Cardoso, ao fortalecimento do mercado doméstico chinês, com ganhos de renda que foram multiplicados por dez nos últimos 20 anos. E os chineses falam desse mercado interno pujante com orgulho, observa, acrescentando que houve uma grande diversificação das exportações para outros destinos fora os EUA.

    Por enquanto, a mudança notada pelo empresário foi no tratamento pessoal e na maior agilidade para atender aos pedidos, encurtando prazos de entrega, por exemplo. “Antigamente eles estendiam para nós um tapete bege e agora foi um tapete vermelho”, afirmou.

    Com faturamento de R$ 6,3 bilhões no ano passado e previsão de atingir entre R$ 8 bilhões e R$ 8,5 bilhões este ano no Brasil, com venda de portáteis, eletrônicos, linha branca leve, TV e áudio, o Grupo MK está otimista com o potencial mercado brasileiro.

    Não teme uma possível enxurrada de produtos chineses nem vê a alta taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano, como obstáculo para seus planos de consolidar a liderança no mercado de portáteis e se tornar o principal fabricante do segmento de áudio, com as marcas Mondial e Aiwa — esta última agora promovida pelo atacante Neymar como garoto-propaganda.

    A seguir, os principais trechos da entrevista.

    Quando o sr. esteve na China?

    Voltei no dia 20 (de abril). Essa foi a minha 36ª viagem para China. Viajo para lá há 18 anos. Vou duas vezes por ano, em abril e outubro, quanto tem a feira de Cantão. Aproveito esse momento para visitar indústrias, fornecedores e fazer reuniões específicas fora da feira. Desta vez, fui no dia 12 de abril, depois do tarifaço de Donald Trump. Visitei fabricantes de componentes e de produtos acabados como aspiradores de pó, cafeteira, ferro elétrico, forno de micro-ondas, além da própria feira, onde tive mais de 40 reuniões com os donos das empresas, os empreendedores. Temos dois escritórios na China desde 2005, com 65 funcionários chineses. A nossa relação é com as indústrias, com os empresários chineses, onde discutimos projetos futuros. Não é apenas uma relação de feira.

    Como está o clima entre os empresários chineses depois do tarifaço?

    Fui para lá com uma sensação e voltei com outra. Fui achando que o quadro estaria muito mais nervoso, mas não senti isso.

    Como assim?

    Os chineses não correm uma corrida de 100 metros, eles correm uma maratona. Tudo o que fazem é pensado para cenários de curto, médio e longo prazo. Eles são estratégicos nos movimentos. O que se percebe é que nos últimos anos houve mudanças. Vinte anos atrás, o salário médio de um operador de fábrica na China era de US$70. Hoje, está em torno de US$ 700. Por isso, o mercado interno da China se multiplicou por dez nos últimos 20 anos. É muita gente. A China tem 1,4 bilhão de pessoas, mais ou menos. Desse total os operários de fábrica são em torno de 300 a 400 milhões de pessoas, que tiveram seus salários multiplicados por dez. Por isso, o mercado interno de consumo da China cresceu muito. Muitos empresários chineses reconhecem que dependem menos dos Estados Unidos, porque o mercado interno chinês está pujante. Falam isso com orgulho. No passado, eles dependiam muito mais das exportações, principalmente para os Estados Unidos. Agora, eles diversificaram as exportações, de uma forma geral, entraram em outros mercados, como África, Arábia, Ásia, Europa e América do Sul também. Por isso, a dependência dos Estados Unidos ficou menor, porcentualmente foi de 16% em 2024.

    O que os empresários chineses comentam?

    Dizem que vendem muito por meio do Alibaba (e-commerce chinês), por exemplo, para o mercado interno. Na China, 79% das vendas são por meio do e-commerce. A indústria está bem, vamos dizer assim, vendida lá, vendendo bastante para mercado interno e bem pouco para fora.

    As empresas que o sr. visitou estão tranquilas?

    Depende da empresa. A maioria que visitei não vende nada para os Estados Unidos ou 5%. Para essas, a situação está normal, não perdem nada. Mas uma ou duas vendem 30% da produção para os EUA. Para essas, a situação está mais complicada. Portanto, não são todas que não estão nem aí (para o tarifaço). Mas a grande maioria, realmente, não sofreu nenhum impacto. Os reflexos serão mais pontuais.

    Giovanni Marins Cardoso, cofundador do Grupo MK, dono das marcas Mondial e Aiwa Foto: Alex Silva/Estadão

    Houve mudanças no tratamento dado aos clientes ou nos termos de negociação, depois do tarifaço?

    Hoje a Mondial é a maior indústria de eletroportáteis fora da China. Temos escala de produção: 81% do nosso faturamento é Made in Brazil e 19% é de produto fabricado fora. Dentro dos 81%, há componentes importados da China, da Tailândia, do Japão. Trazemos os componentes de lá, mas fabricamos o produto no Brasil. Nessa viagem para China, achei que encontraria uma indústria mais desesperada por pedidos de outros países, mas não encontrei isso. Não tive vantagem nenhuma nas negociações, só tive, é claro, um melhor atendimento. Antigamente eles estendiam para nós um tapete bege e agora foi um tapete vermelho. Estão mais atenciosos com os clientes que já têm. Estão diminuindo de 120 dias para 90 dias os prazos de entrega dos moldes, por exemplo. Projetos que antes demoravam 15 dias, agora estão saindo em uma semana. Ficaram mais ágeis.

    O sr. acha que isso poderá resultar em descontos?

    Por enquanto, não. Se a indústria não foi a afetada, por que ela iria dar desconto? Os preços na China variam em função dos custos das matérias-primas, não em relação, necessariamente, a uma redução das margens deles. Eles já trabalham com margens baixas.

    Giovanni Marins Cardoso, cofundador do Grupo MK, dono das marcas Mondial e Aiwa, diz que os empresários chineses se orgulham da pujança do mercado doméstico Foto: Alex Silva/Estadão

    Analistas dizem que, por causa do tarifaço, o mercado brasileiro poderá ser inundado por produtos chineses. O sr. teme essa reação?

    Não. Como eu disse, 16% das exportações chinesas vão para os EUA. Eles vendem 84% para outros países. Vai sobrar um pedaço que iria para o mercado americano. Mas os EUA vão ter de achar uma solução: vão ficar sem cafeteira, micro-ondas, airfryer? Eles não produzem nada disso. Então, haverá um longo acordo logo à frente. Depois de dois ou três meses, o mundo vai estar normal de novo, com outras taxas, com outros movimentos, mas normal.

    Diante desse cenário, quais são os planos do Grupo MK, que começou com a Mondial, fabricante de eletroportáteis, há 25 anos?

    A empresa está escalando. Não é mais só a Mondial, fabricante de eletroportáteis. Em 2021, quando compramos a fábrica da Sony e licenciamos a marca Aiwa, criamos o Grupo MK, que tem cinco grandes frentes em crescimento: portáteis, eletrônicos, linha branca leve voltada para a cozinha, com a marca Mondial, e TV e áudio, com a marca Aiwa. No ano passado faturamos R$ 6,3 bilhões e projetamos para este ano vendas entre R$ 8 bilhões e R$ 8,5 bilhões, com avanço em todas as linhas. Estamos entrando em freezer e frigobar importados, com a marca Mondial. No segundo semestre deste ano vamos fabricar ar-condicionado com a marca Aiwa.

    E os investimentos?

    No ano passado, ampliamos em 77% a capacidade de produção da fábrica da Bahia, na cidade de Conceição do Jacuípe. Entre a fábrica da Bahia e a de Manaus (AM), investimos R$ 246 milhões em 2024, crescimento de 151% ante 2023. É o maior investimento dos últimos tempos. Foi um investimento em infraestrutura para permitir o crescimento para os próximos anos. Nos últimos dois anos contratamos mais de 3 mil pessoas. Temos hoje 8,2 mil funcionários e vamos chegar a 8,7 mil este ano.

    E o investimento para 2025?

    Estamos decidindo neste momento, mas não será menos de R$ 100 milhões. É um investimento mais voltado para centro de distribuição (CD), distribuição e estocagem.

    Hoje a Mondial é líder em portáteis. A sua meta é atingir a liderança em outros segmentos?

    Vamos procurar em cada segmento novo atingir um break-even (ponto de equilíbrio) entre participação e resultado. O apetite vai ser por ter um share (participação de mercado) crescente, mas vamos em função do resultado de cada área. Vamos investir mais em eletrônicos e muito em áudio, que são os setores da indústria que têm um resultado um pouco melhor. Em áudio, que envolve caixas e torres de som, vamos ter um grande crescimento. Vamos ser líderes de mercado brasileiro este ano com as marcas Aiwa, para o segmento premium, e Mondial, que é o standard. Em TV o nosso objetivo não é a liderança, porque não faz sentido, uma vez que tem uma briga internacional acontecendo aqui dentro. Em portáteis o objetivo é atingir mais de 40% do mercado e já temos fábrica para isso.

    Como o sr. vê os fatores macroeconômicos para ajudar a cumprir esses objetivos?

    O Brasil é um País de 214 milhões de pessoas, temos uma grande população e um potencial monstruoso. Há 29 milhões de casas que não têm nem liquidificador. São 81,5 milhões de casas com energia elétrica, ante 10 milhões na Argentina. As casas brasileiras estão vazias de eletroportáteis e eletrodomésticos. Na pandemia, as pessoas descobriram que não precisavam varrer o chão, pois tinha aspirador, aprenderam a cozinhar. Com isso, no pós-pandemia, passaram a olhar os seus lares de forma diferente. Estamos vendo o mercado brasileiro por esse lado do copo meio cheio.

    A taxa de juros elevada atrapalha a compra dos seus produtos?

    Não atrapalha. No portátil, a compra é à vista ou, no máximo, em três vezes sem juros. O tíquete médio é baixo, então a taxa de juros não afeta o grosso da venda. Além disso, a alimentação fora de casa está muito cara e as pessoas têm optado por prepará-la em casa, por economia, e usam eletroportáteis. Outra coisa: no passado trocava-se celular todo ano, agora é de três em três anos. Esse dinheiro que era gasto com a troca do celular vai para a compra de uma cafeteira, uma air-fryer. Tem muitos ventos favoráveis e eu estou tentando capturá-los. Não se trata de otimismo festivo, mas baseado em dados, estratégia. Também o crescimento do e-commerce potencializa o mercado. Hoje existe uma loja online, 24 horas dentro da casa das pessoas, cheia de ofertas. As compras por impulso cresceram muito.



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