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Tarifas mais altas sobre importações de produtos chineses aos Estados Unidos estão prejudicando a segunda maior economia do mundo, à medida que os pedidos de exportação despencam, segundo pesquisas mensais com gerentes de fábricas chinesas divulgadas nesta quarta-feira, 30.
A pesquisa oficial da Federação Chinesa de Logística e Compras mostra que os pedidos de exportação desaceleraram fortemente em abril, com Pequim e Washington em um impasse após o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenar tarifas combinadas de até 145% sobre produtos chineses.
A China impôs tarifas de até 125% sobre produtos dos EUA, com algumas isenções. Também ordenou outras formas de retaliação, como restrições mais rígidas às exportações de minerais estrategicamente importantes usados em produtos de alta tecnologia, como veículos elétricos.
Empresas americanas estão cancelando pedidos da China e adiando planos de expansão enquanto observam o desenrolar da situação.

Pedidos de exportação na China desaceleraram fortemente em abril Foto: Chinatopix via AP
Atividade industrial
O Índice de Gerentes de Compras da Indústria (PMI) chinês caiu para 49 em abril, o menor nível em 16 meses, vindo de 50,5 em março. Na escala do índice, 50 marca a linha divisória entre expansão e contração.
“A forte queda nos índices provavelmente exagera o impacto das tarifas devido aos efeitos do sentimento negativo, mas ainda assim sugere que a economia da China está sob pressão com o enfraquecimento da demanda externa”, disse Zichun Huang, da Capital Economics, em relatório.
Grandes fabricantes provavelmente serão mais afetados do que os menores, que são mais intensivos em mão de obra, já que a China ainda mantém uma vantagem de custos para esses produtos, afirmaram economistas da ANZ Research.
“O custo da manufatura da China para indústrias leves pode ser um quinto do dos EUA, o que dificilmente mudará”, disseram eles em um relatório.
Crescimento de 5% em 2024
No início da semana, altos funcionários econômicos chineses realizaram uma entrevista coletiva para mostrar o apoio de Pequim à economia e sua capacidade de fazer mais para conter o impacto das tarifas.
A economia cresceu a um ritmo sólido de 5% ao ano em 2024, e o Partido Comunista estabeleceu uma meta de crescimento semelhante para este ano.
Mas isso foi antes de Trump intensificar sua guerra comercial, impondo tarifas ainda mais altas com o objetivo de forçar os fabricantes a transferirem a produção para os Estados Unidos.
“No geral, em abril, a expansão da oferta e da demanda desacelerou, com as exportações prejudicadas e o emprego diminuindo levemente. Os fabricantes buscaram reduzir estoques, a logística sofreu atrasos e os preços permaneceram sob pressão. O otimismo do mercado enfraqueceu significativamente”, escreveu Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.
Segundo Wang, o sentimento empresarial estava em um dos níveis mais baixos já registrados.
Embora algumas exportações chinesas provavelmente sejam redirecionadas para outros países, a guerra comercial de Trump aumentou o risco de recessão nos EUA e seu impacto deve se espalhar pela economia global.
O Fundo Monetário Internacional afirmou em uma atualização recente que as perspectivas para as economias dos EUA e mundial neste ano e no próximo pioraram significativamente.
O Fundo previu que a economia global crescerá apenas 2,8% este ano, abaixo da estimativa de 3,3% feita em janeiro.
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