BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou “acessibilidade política” ao aceitar a indicação de Gustavo Feliciano para o comando do Ministério do Turismo. As declarações ocorreram nesta terça-feira, 23, no Palácio do Planalto, durante cerimônia de transmissão de cargo e posse de Gustavo Feliciano no Ministério do Turismo.
“A decisão do senhor de atender à indicação do nome de Gustavo Feliciano é, antes de tudo, uma demonstração da sua acessibilidade política e da sua capacidade de agregar”, afirmou Motta a Lula, em discurso.
Gustavo Feliciano é novo ministro do Turismo Foto: @gustavofeliciano via Instagram
O presidente da Câmara também fez uma avaliação sobre este ano. “Não tivemos um ano fácil. Foi um ano de muitos desafios, um ano de embates, mas um ano que o Congresso Nacional não faltou ao governo do senhor. Nós tivemos aprovações importantes que dão ao senhor a certeza de que o governo encerra o ano muito melhor do que iniciou”, disse o parlamentar a Lula.
Na ocasião, Motta destacou a aprovação do projeto que restringe a concessão de benefícios e incentivos fiscais e do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. “Agradeço ao senhor a parceria ao longo deste ano e entramos em 2026 na certeza de que essa nossa parceria, esse nosso diálogo, continuará sendo de maneira franca, verdadeira, transparente e colaborativa”, disse o presidente da Câmara.
Novo ministro
Filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB), o novo ministro do Turismo é formado em Direito e foi secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Estado da Paraíba entre 2019 e 2021, no primeiro escalão do governo de João Azevêdo (PSB), apoiado por Hugo Motta.
Feliciano substitui Celso Sabino, que foi expulso do União Brasil por ter continuado no governo Lula após o partido ter desembarcado da gestão. Na semana passada, Lula anunciou a demissão de Sabino, em busca de apoio dentro do União Brasil. A bancada da legenda tem 59 deputados, e parte dela ainda vota com o Planalto.
Exonerado do ministério em 17 de dezembro, Sabino disse que a sua saída da pasta servirá para o presidente ter “governabilidade” no Congresso Nacional.
Mudanças de ministros
Ao demitir Sabino, Lula ampliou para 14 as trocas no primeiro escalão desde o início do terceiro mandato, em janeiro de 2023, em meio a uma tentativa de recomposição da base no Congresso.
Somente neste terceiro ano de mandato, esta é a oitava troca na Esplanada dos Ministérios. Antes do Turismo, houve mudanças nas pastas: Secretaria-Geral da Presidência, Previdência, Mulheres, Saúde, Secretaria de Relações Institucionais, Ministério das Comunicações e Secretaria de Comunicação Social.
